Polícia

Polícia Militar prende homem acusado de dirigir Porsche sem placas

Estavam no porta-malas e ele teria desobedecido as ordens e as instalado com fita dupla-face ao ser informado que carro de luxo seria recolhido
Lázaro Jr.
11/10/2025 às 17h42
Foto: Ilustração/Divulgação Foto: Ilustração/Divulgação

A Polícia Militar de Araçatuba (SP) prendeu no final da tarde de sexta-feira (10), um homem de 28 anos, acusado de adulteração de sinal identificador de veículo, após flagrá-lo conduzindo um Porsche Carrera ano 2020, avaliado em mais de R$ 700 mil, sem as placas de identificação.

 

A prisão se deu porque ele teria desobedecido a ordem policial ao ser abordado, e instalado as placas com fita dupla-face, ao ser informado que o veículo seria recolhido.

 

De acordo com o que foi apurado pela reportagem, a abordagem se deu na frente do condomínio residencial onde o investigado reside, na estrada vicinal Nametala Rezek, que é o complemento da avenida Saudade.

 

Vídeos

 

Os policiais militares que apresentaram a ocorrência relataram que já há alguns dias havia denúncias de que o investigado estaria conduzindo o veículo de luxo pelas ruas da cidade, sem o regular emplacamento, e de maneira ostensiva. Os policiais inclusive receberam vídeos dele trafegando com o Porsche sem placa.

 

Já no final da tarde, a equipe estava em patrulhamento e abordou o empresário, que estava com o veículo sem as placas de identificação. Ele recebeu ordem para sair do carro e teria demorado para atender, aumentando a suspeita de irregularidade.

 

Assim que ele saiu, foi realizada busca pessoal, nada de irregular foi encontrado e os policiais determinaram que ele aguardasse enquanto fariam busca no veículo. Durante a vistoria, as placas foram encontradas no porta-malas, que fica na parte frontal do automóvel. 

 

Desobedeceu

 

Segundo a polícia, ao ser informado que o Porsche seria recolhido por estar circulando sem placas, o investigado teria desobedecido a ordem, retirado as placas que estavam no porta-malas e, apesar de ser alertado, as instalou no veículo, utilizando fitas-dupla face.

 

Ainda de acordo com o que foi apurado, durante a ocorrência, outras pessoas chegaram ao local, entre elas, a namorada do empresário, que passou a filmar a ação policial.

 

O investigado também teria passado a filmar, quando o carro já estava com as placas, insinuando que a abordagem não fazia sentido, tentando desmentir a palavra dos policiais, de que veículo estivesse sem o emplacamento.

 

Ele também teria passado a dizer em voz alta para a namorada dele ter cuidado, pois poderia ser violentada pelos policiais, tentando forjar uma situação, de acordo com os policiais, passando a ficar na frente da namorada dele, gritando: "não toca nela, não toca nela".

 

Lava jato

 

Levado à delegacia, o empresário disse que está de posse do carro desde fevereiro e que não sabia que ele estava sem placas. Ele alegou que o havia deixado em um lava jato e que elas teriam sido removidas para o trabalho de enceramento.

 

De acordo com ele, as placas não são fixadas com parafusos para não danificar o para-choques, que é de alto valor comercial. E quando retirou o carro e voltava para casa, teria esquecido de recolocar as placas.

 

Ainda na versão dele, como as placas estavam no porta-malas, ao ser abordado ele as instalou no veículo e acreditou que a situação estivesse resolvida.

 

Preso

 

Apesar da versão apresentada pelo empresário, o delegado que presidiu a ocorrência decidiu pela manutenção da prisão em flagrante por “suprimir placa de identificação”, um dos itens previstos com a alteração do artigo 311 do Código Penal, que passou a prever pena de até 6 anos de prisão pela infração.

 

Foi levado em consideração que o investigado não foi surpreendido enquanto estava em eventual lava jato ou estabelecimento do tipo, mas conduzido o carro sem as placas. Além disso, foram apresentados vídeos dele com o veículo pelas ruas da cidade sem placa à mostra, contrariando a versão apresentada.

 

Como a pena máxima supera os 4 anos de prisão em caso de condenação, não foi concedida a fiança e o empresário passou a noite na cela da CPJ (Central de Polícia Judiciária). A reportagem apurou que ele obteve a liberdade provisória durante a audiência de custódia, mediante medidas cautelares.

 

Além disso, um inquérito será instaurado e o investigado também poderá ser indiciado pelos crimes de desobediência, fraude processual e resistência, pelos atos que teriam ocorrido durante a abordagem, de acordo com os policiais.

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