Um agropecuarista de Araçatuba (SP) foi surpreendido com um artefato que simula um explosivo na bagagem, quando tentava embarcar em um voo para São Paulo, no início da tarde desta segunda-feira (22), no aeroporto Dario Guarita. Um inquérito será instaurado e ele será investigado pela Polícia Federal.
A reportagem apurou que o scanner detectou na bagagem do pecuarista, um canivete e um artefato que aparentava ser um explosivo. Ao abrir a bagagem, foi confirmado que tratava-se uma espécie de bomba.
Ao ser questionado, o pecuarista alegou que pretendia fazer uma brincadeira com amigos. De acordo com ele, esse artefato que estava na bagagem seria do tipo que se usa em pescaria, para jogar no rio.
A direção do aeroporto acionou a Polícia Federal, que orientou que fosse chamada a Polícia Militar ou o Corpo de Bombeiros, para providenciar o acionamento do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais), pois a PF não dispõe desse serviço no Estado de São Paulo.
Liberado
Ainda de acordo com o que foi apurado, o passageiro foi retido e impedido de embarcar e a equipe de policiais militares que esteve no aeroporto manuseou por conta própria o artefato, que foi danificado e o pecuarista foi liberado.
O artefato danificado foi entregue à administração do aeroporto, que acionou a Polícia Federal, que enviou uma equipe. O artefato foi recolhido e será encaminhado para perícia. O pecuarista não foi encontrado, mas foi devidamente identificado e será intimado a prestar declarações.
Crime
A reportagem apurou que se o investigado tivesse sido detido pela Polícia Federal, ele poderia ser preso em flagrante, sem direito a fiança na fase policial. Isso porque, o caso se configura como “atentar contra a segurança ou o funcionamento de serviço de utilidade pública”, previsto no artigo 265 do Código Penal. A pena, em caso de condenação, varia de 1 a 5 anos de reclusão e multa.
É proibido levar na bagagem de bordo qualquer objeto que possa ser usado, ou que aparente poder ser usado, para causar ferimentos graves ao disparar um projétil. Isso inclui explosivos, munições, cápsulas fulminantes, detonadores, espoletas, minas, granadas, sinalizadores, cargas explosivas de uso militar, fogos de artifício, artigos de pirotecnia, latas de fumaça, cartuchos geradores de fumaça, dinamite, pólvora e explosivos plásticos.
A reportagem procurou a assessoria de imprensa da A ASP (Aeroportos Paulistas), concessionária do Aeroporto de Araçatuba, que informou que detalhes da ocorrência registrada nesta segunda-feira podem ser verificadas com a Polícia Federal.