Opinião

O poder de consumo da melhor idade e a importância de preparar sua equipe para esse público

"Este grupo, muitas vezes chamado de melhor idade, costuma valorizar o atendimento presencial, atencioso e caloroso, onde o contato humano faz toda a diferença"
Da Redação
24/07/2025 às 20h46
Imagem: MetAI orientada por f7digitall Imagem: MetAI orientada por f7digitall

Por Nei Ferracioli


Em um mercado cada vez mais dinâmico e digitalizado, é notório que o consumidor jovem costuma dar preferência ao e-commerce, valorizando a agilidade e a conveniência das compras online. Porém, há um público igualmente relevante e com grande poder de compra que não pode — e não deve — ser ignorado: os consumidores acima dos 50 anos.

 

Este grupo, muitas vezes chamado de melhor idade, costuma valorizar o atendimento presencial, atencioso e caloroso, onde o contato humano faz toda a diferença. E mais: trata-se de um público cada vez mais exigente, informado e consciente de seus direitos e preferências.

 

É importante lembrar que vivemos uma transição de gerações marcada pela transformação do analógico para o digital. Enquanto a geração mais jovem já nasceu imersa na tecnologia, com naturalidade no uso de telas, aplicativos e automações, os consumidores da melhor idade ainda estão em processo de adaptação. Muitos deles aprenderam a lidar com o digital, mas continuam preferindo uma comunicação mais clara, direta e humana — principalmente na hora de comprar.

 

Isso nos leva a uma pergunta essencial para qualquer comerciante ou empresário: sua loja, sua empresa e sua equipe estão preparadas para atender bem esse público?

 

Atender a melhor idade não é apenas abrir as portas e esperar que eles entrem. É preciso estratégia, sensibilidade e preparo. Um primeiro ponto fundamental é simplificar a comunicação entre o colaborador e o cliente sênior. Clareza, paciência e empatia são qualidades indispensáveis. O excesso de jargões técnicos ou explicações apressadas pode afastar quem precisa de segurança e confiança para decidir.

 

Outra frente importante é investir em treinamentos específicos. Equipes bem preparadas sabem como abordar o cliente de forma respeitosa e personalizada, entendendo suas necessidades específicas. Detalhes como falar olhando nos olhos, oferecer ajuda para encontrar ou carregar produtos e dar tempo para perguntas são gestos que criam fidelidade.

 

Realizar pesquisas de mercado para entender as preferências e hábitos de consumo desse público também é uma prática estratégica. Saber quais produtos ou serviços têm mais apelo, quais facilidades de pagamento são valorizadas ou até quais horários eles preferem comprar ajuda a moldar um atendimento mais eficaz.

 

Além disso, a personalização no atendimento é um diferencial competitivo. Ajustar processos para facilitar trocas, emitir notas ou cupons de forma clara, oferecer um ambiente seguro e acessível — tudo contribui para uma experiência de compra positiva.

 

Em um mercado cada vez mais competitivo, quem ignora o poder de compra da melhor idade perde oportunidades valiosas. Valorizar esse público não é apenas uma questão de respeito, mas de inteligência de negócios. Preparar sua equipe para atender bem é um investimento que gera retorno em vendas, reputação e relacionamento duradouro.

 

Afinal, vender é mais do que transacionar produtos. É criar laços, resolver problemas e fazer o cliente se sentir visto e acolhido — em qualquer idade.

 

*Nei Ferracioli é gerente executivo da ACIA (Associação Comercial e Industrial de Araçatuba) e atua ativamente na promoção do desenvolvimento econômico local. Empresário, comunicador e defensor do fortalecimento do comércio, também foi candidato a vereador nas eleições de 2024 pelo PL.

 

** Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião deste veículo de comunicação

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