Por Eliane Cabral
Nos dias em que vivemos, cuidar da Saúde Mental não é opcional; é questão de sobrevivência pessoal, interpessoal e social. Penso que essa seja a atitude mais básica, urgente e indispensável ao nosso tempo.
Em tempos tão desafiadores, cuidar das emoções e da mente (Saúde Mental), é um ato de responsabilidade com a própria vida e com o mundo.
Estamos diante de novas formas de adoecimento. É possível notar que a solidão de hoje tem um novo aspecto. Não é mais aquela imagem clássica da pessoa isolada num canto, à margem do mundo.
O que se vê é um disfarce de quem está sempre rodeado, mas não acompanhado. É a solidão de estar em rede e ainda assim, em falta.
Vivemos num tempo de supostas conexões, que não se sustentam depois que a tela se apaga. Um falso senso de pertencimento.
Na vida real, pertencimento é existir em meio ao outro, com espaço para Ser.
O fato é: essa solidão (gerada pelas redes) muitas vezes aparece como cansaço, ansiedade, vazio e até mesmo desejo de morte.
O Setembro Amarelo nos convoca a repensar nossa vida, nos convoca a reavaliar nossa Saúde Mental, nos convida a questionar nosso “cuidado de si”.
Saúde e doença florescem do estilo de vida. Você tem tido qualidade de vida? Você tem tido qualidade de vida mental? Você tem tido qualidade de vida emocional?
É hora de pausar e olhar para si!
A Prevenção ao Suicídio se dá desde os cuidados mais básicos com a Saúde Mental e Emocional.
Por uma cultura de cuidados com a Saúde Mental
Setembro Amarelo: de Setembro a Setembro
*Eliane Cabral é Psicóloga Clínica, Especialista em Prevenção e Pósvenção em Suicídio, Especialista em Saúde Mental; Percurso em Psicanálise
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