Por Hélio Consolaro*
Não sou nenhuma autoridade municipal de Araçatuba (SP), mas continuo com a mania de, quando visito outra cidade, ficar vendo as boas iniciativas.
Não dá para comparar São Luís do Maranhão com Araçatuba. A primeira é capital de Estado, mais de milhão de habitantes, mas nas pequenas coisas há alguma semelhança. A Atenas brasileira, assim é chamada pelos ludovicenses, porque a arte e a literatura vicejam por lá, pois Gonçalves Dias, Ferreira Gullar, Aloísio de Azevedo, José Sarnei, Zeca Baleiro são de lá. Por isso há a praça dos poetas. Araçatuba também tem seus poetinhas.
Pôr o que numa praça dos poetas? Bancos em forma de livros semiabertos, bustos, estátuas, placas de metal com textos, ponto de leitura com livros de escritores araçatubenses. E se a praça comportar, uma cantina.
Outro dia encontrei o Sandro Cubas, secretário municipal atual de Planejamento e Urbanismo no supermercado com a esposa. Já cantei no seu ouvido a ideia de fazer isso no bulevar a ser construído na Vila Ferroviária. Podia ter espaços para homenagear os poetas de Araçatuba. Ele disse que era para pôr a ideia para correr, falar com a secretária de Cultura Vanessa Manarelli e o prefeito Lucas Zanatta. É o que eu estou fazendo agora.
A sede da Academia Araçatubense de Letras funciona na Vila Ferroviária. Há um triângulo abandonado, a praça do Relógio e outros espaços no bulevar. Mas se todos esses espaços estiverem ocupados no planejamento arquitetônico, aceitamos outra praça, como a Independência (rua Marcílio Dias), que está bem largada.
A prefeitura pode chamar a AAL, editoras, escolas, convocar o Conselho Municipal de Políticas Culturais, vereadores, engenheiros, arquitetos, comunidade em geral para assoprarem sugestões e ratearem parte do custo da obra.
Assim, fica a sugestão dessa praça temática a todas as cidades em que esta crônica chegar: a Praça dos Poetas.
Hélio Consolaro é professor, jornalista e escritor. Membro das academias de letras de Araçatuba, Andradina, Penápolis e Itaperuna.
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