Opinião

A busca pela felicidade e o autoconhecimento

"Questionar 'o que realmente importa para mim?', além de investir em relacionamentos genuínos que nos aceitem como somos, são formas de edificar uma identidade mais autêntica"
Da Redação
11/09/2025 às 16h30

Jean Oliveira

 

Você já se perguntou por que algumas pessoas parecem ter uma serenidade e uma felicidade que vêm de dentro, enquanto outras, mesmo com conquistas aparentes, vivem em uma sensação constante de insatisfação? A resposta pode estar em um conceito fundamental da psicologia: a construção da identidade.

 

Nossa identidade é muito mais do que nosso nome ou nossa profissão. Ela é a narrativa que contamos a nós mesmos sobre quem somos, um conjunto de crenças, valores e experiências que formamos desde a infância, a partir das nossas relações familiares, do ambiente em que vivemos e da cultura que nos cerca. E é essa narrativa que tem um impacto direto e profundo em nossa capacidade de sermos felizes.

 

É na primeira infância que lançamos as bases desse processo. As interações com nossos pais ou cuidadores são cruciais. Um ambiente acolhedor e seguro tende a favorecer a construção de uma identidade mais sólida, o que nos dá uma base emocional para enfrentar os desafios da vida. Por outro lado, experiências negativas ou conflituosas podem fragilizar essa estrutura, levando a uma autoimagem confusa e a sentimentos de angústia e vazio na vida adulta.

 

Mas a boa notícia é que a identidade não é uma sentença imutável. Ela é um processo dinâmico, que se remodela ao longo de toda a nossa vida. A busca pelo autoconhecimento é, portanto, o primeiro passo para fortalecê-la. 

 

Questionar “o que realmente importa para mim?”, além de investir em relacionamentos genuínos que nos aceitem como somos, são formas de edificar uma identidade mais autêntica.

 

Uma identidade bem resolvida funciona como uma âncora. Ela nos dá um senso de propósito, ajuda a filtrar as expectativas externas – tão comuns na era das redes sociais – e nos permite navegar pelas transições e crises inevitáveis da vida com mais resiliência. Em outras palavras, conhecer a si mesmo não é um exercício de narcisismo; é a base fundamental para uma vida com mais significado e, consequentemente, mais feliz.

 

Portanto, a próxima vez que você pensar em felicidade, olhe para dentro. Pergunte-se se a vida que você está vivendo está alinhada com a pessoa que você verdadeiramente é. Afinal, a jornada mais importante que podemos fazer é a de descobrir e aceitar a nós mesmos.

 

Jean Oliveira é jornalista, bacharel em Turismo e acadêmico de Psicologia

 

** Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião deste veículo de comunicação

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