Antes de responder a essa questão, melhor entendermos em que pé se encontra essa tecnologia. Existem, segundo especialistas, dois tipos de IA (Inteligência Artificial), a Forte e a Fraca, que estão diretamente relacionadas à capacidade e autonomia em compreender e executar tarefas de forma independente.
A IA Fraca é conhecida como estreita ou especializada, ela é programada para desempenhar tarefas específicas com alto desempenho, mas não possui a capacidade de se adaptar a diferentes contextos ou executar tarefas além de sua especialidade. Por exemplo, um sistema de reconhecimento de fala pode ser considerado uma IA Fraca, pois é especializado em converter fala em texto, mas não possui compreensão ou raciocínio além dessa função específica.
Por outro lado, a IA Forte, também conhecida como geral ou completa, possui um nível de autonomia e compreensão abrangente sobre diferentes tarefas e contextos, sendo capaz de executar e aprender em qualquer área que os humanos também são competentes. Ela teria a capacidade de entender a linguagem natural, raciocinar, planejar, aprender, ter consciência e até mesmo exprimir emoções.
As IAs Fracas já estão praticamente em todo lugar que se exija algum tipo de processamento de dados (ou informação), desde um software de controle administrativo, games, centrais de controle automotivas, bots de conversa, etc. Essas seriam uma espécie de primeira geração das IAs Fracas. A segunda geração vem com os Chat GPTs, que elaboram redações e até desenhos a partir de perguntas ou instruções de humanos, mas ainda dependem de orientação para formularem determinada resposta.
Já a IA Forte não dependeria de ninguém para formular uma opinião sobre alguma coisa. Ela teria a capacidade de entender algo que está acontecendo e interferir autonomamente no contexto, quando e como considerasse adequado.
Sim, é assustador! Recentemente numa dessas feiras globais de tecnologia, tiveram que desligar duas máquinas que criaram sozinhas uma linguagem própria (incompreensível para os humanos) que estavam falando entre si. Nem mesmo quem as projetou conseguiu entender como foi possível isso acontecer.
É importante também considerarmos que cientistas estão trabalhando em modelos de armazenamento e processamento de dados baseados em células e neurônios humanos, além da criação de máquinas sensoriais. E isso pode mudar o rumo das coisas.
No momento e pelo menos até onde sabemos, ainda não há uma IA consciente, mas a questão é se isso pode se tornar realidade.