Política

Prefeitura de Ilha Solteira terá que indenizar paciente impedido de usar aplicativo de consulta

Em razão da limitação auditiva, ele utiliza o celular para se comunicar por meio de um aplicativo
Da Redação
14/08/2023 às 08h54

A Prefeitura de Ilha Solteira (SP) foi condenada a indenizar em R$ 10 mil, uma pessoa com deficiência auditiva que foi impedida de utilizar recurso de acessibilidade em posto de saúde da cidade. A decisão da  juiz 2ª Vara da Comarca de Ilha Solteira, João Luis Monteiro Piassi, foi mantida pela 8ª Câmara de Direito Público do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo).

 

Consta na ação que em razão da limitação auditiva, o autor da ação utiliza o aparelho celular para se comunicar por meio de um aplicativo. Em ocasiões distintas, ele foi informado de que não poderia usar o equipamento e orientado a se retirar da sala enquanto acompanhava a mãe, em consultas médicas. A idosa tem comorbidades físicas.

 

O relator do julgamento, desembargador Leonel Costa, justificou que a ferramenta utilizada pela vítima possui rígida política de privacidade e não concede ou partilha as imagens colhidas. Além disso, destacou que, diante da ausência de intérpretes capacitados para dialogar por meio da Libras (Língua Brasileira de Sinais), o aplicativo em questão é uma forma de inclusão e diminuição de barreiras.

 

“Nos termos do Estatuto da Pessoa com Deficiência, no Capítulo III, referente à Tecnologia Assistida, é garantido à pessoa com deficiência acesso a produtos, recursos, estratégias, práticas, processos, métodos e serviços de tecnologia assistiva que maximizem sua autonomia, mobilidade pessoal e qualidade de vida”, declarou.

 

Os desembargadores Bandeira Lins e Antonio Celso Faria completaram a turma julgadora, votando de acordo com o relatório.

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