Polícia

Preso confessa participação em roubos de mais de R$ 1,3 milhão em Araçatuba

É um dos acusados de integrar quadrilha especializada em furtos e roubos em condomínios de alto padrão em várias cidades brasileiras
Lázaro Jr.
04/07/2024 às 20h57
Equipes da Polícia Civil chegaram em Araçatuba na noite desta quinta-feira (Foto: Lázaro Jr.) Equipes da Polícia Civil chegaram em Araçatuba na noite desta quinta-feira (Foto: Lázaro Jr.)

Equipes da Polícia Civil de Araçatuba (SP) que participaram da “Operação Lógos”, deflagrada na quarta-feira (3) para prender suspeitos de integrar uma organização criminosa especializada em furtos e roubos em condomínios de alto padrão em várias cidades do Brasil, chegou na cidade no início da noite desta quarta-feira (4), trazendo três dos quatro capturados.

 

Eles tiveram a prisão temporária decretada pela Justiça, relacionada a dois inquéritos instaurados pela DIG/Deic (Delegacia de Investigações Gerais da Divisão Especializada de Investigações Criminais), que investigam dois roubos ocorridos na cidade em janeiro e fevereiro deste ano, causando prejuízo de aproximadamente R$ 1,3 milhão a duas famílias tradicionais da cidade.

 

Foram expedidos 15 mandados de busca e nove mandados de prisão temporária, mas duas mulheres já estavam presas. Durante a operação, outros quatro homens foram presos em São Paulo. Um deles permaneceu na capital, pois há contra ele um mandado de prisão expedido pela Justiça de São Paulo. Os outros três foram trazidos para Araçatuba para responderem pela participação nesses crimes ocorridos na cidade.

 

Confessou

 

Ainda de acordo com o que foi apurado pela reportagem, um deles já foi ouvido e confessou participação nos dois roubos. Em um dos casos ele teria atuado como mentor e no outro, teria estado presente na ação, atuando como um dos executores do crime.

 

Como as prisões são temporárias, os três deverão passar a noite em Araçatuba e pela manhã devem ser encaminhados à cadeia de Penápolis, onde permanecerão à disposição da Justiça.

 

Investigação

 

A investigação, que prossegue, apontou que o suposto grupo criminoso teria um líder intelectual, que está entre os presos, que selecionaria os alvos da casa dele, em São Paulo, com base no padrão de renda, local de moradia e os automóveis que possuíam.

 

O levantamento seria feito por meio de uma “central clandestina de telemarketing”, que realizava inúmeras ligações diárias para as residências das potenciais vítimas, buscando informações sobre as famílias alvo. Em seguida, era elaborada a logística e o líder do grupo destinava os executores para os imóveis selecionados, normalmente utilizando veículos dublês.

 

Violência

 

Os investigados usariam ferramentas para arrombamento dos imóveis, pois o objetivo inicial era o furto. Porém, eles também praticavam os crimes armados e, em caso de resistência, usavam de violência ou grave ameaça. Foi o que aconteceu nos dois casos ocorridos em Araçatuba, que ainda não tiveram detalhes divulgados.

 

A Polícia Civil de Araçatuba apurou que o grupo também teria feito vítimas em Barretos, Leme, Marília, Bauru, no Estado de São Paulo; e em Campo Grande (MS), Recife (PE) e Maceió (AL). Após os furtos e roubos, eles retornavam para São Paulo com os bens das vítimas. Durante os cumprimentos aos mandados de busca e apreensão e de prisão na quarta-feira a polícia recuperou joias, relógios, dinheiro e objetos de grife.

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