Jovem de Araçatuba é acusada de participar de arrastão em prédio de alto padrão em Ribeirão Preto

Uma jovem de 21 anos, moradora em Araçatuba (SP), está sendo investigada pela Polícia Civil de Ribeirão Preto, acusada de participar de um arrastão ocorrido em um prédio residencial de alto padrão da cidade, na manhã de quarta-feira (24).

Ao menos seis apartamentos foram invadidos e parte da quadrilha já foi identificada e presa. A jovem de Araçatuba também teve o mandado de prisão temporária decretada, mas não foi localizada e é considerada foragida da Justiça.

Segundo o que foi divulgado, ela teria assinado o contrato de locação de um apartamento nesse edifício, utilizando documento e identidade falsos, e apresentado um cheque caução de R$ 12 mil. 

A investigação da 1ª DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Ribeirão Preto apontou que após passar a noite no apartamento, a jovem e outro homem que aparece em imagens gravadas por câmeras de monitoramento, utilizando uma peruca, teriam aberto o portão para facilitar o acesso ao restante dos assaltantes.

Investigação

Segundo a polícia, a ação criminosa contou com aproximadamente dez pessoas armadas, algumas utilizando balaclavas e perucas. Elas invadiram o edifício, renderam moradores de diversos andares e roubaram grande quantidade de bens, entre joias, aparelhos celulares, malas e dinheiro em espécie.

Ainda de acordo com a polícia, em pelo menos um caso, os ladrões extorquiram a vítima, a obrigando a realizar transferências bancárias via Pix."A organização criminosa utilizou, como base de apoio, um apartamento fraudulenta e recentemente locado no nono andar do edifício, mediante o uso de documentação falsa", informa a polícia.

Segundo o que foi divulgado, desde o início da ocorrência, houve pronta atuação da Polícia Militar no primeiro atendimento, e suporte da Polícia Técnico-Científica, que realizou perícias nos imóveis e veículos envolvidos, além da coleta de vestígios genéticos e impressões digitais.

Identificados

A polícia informa que a ao assumir a investigação, a DIG teve apoio de equipes da Dise (Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes), da DH (Delegacia de Homicídios) e do GOE (Grupo de Operações Espeiciais) para identificar e prender os seis envolvidos e apreender armas de fogo, munições, objetos de valor e veículos empregados no crime.

De acordo com o que foi divulgado, a organização criminosa responsável se organizou em três núcleos distintos:

NÚCLEO FINANCEIRO – Responsável por intermediar movimentações bancárias, recebimento de valores extorquidos e pagamentos logísticos, composto por quatro pessoas.

NÚCLEO LOGÍSTICO – Encarregado da locação do imóvel com documentação falsa, estruturação do local de apoio e suporte material aos executores. Entre eles, estaria a moradora em Araçatuba, que é considerada foragida, e mais duas pessoas.

NÚCLEO OPERACIONAL – Composto pelos executores diretos do roubo e abordagem às vítimas. Identificação em curso, com diligências avançadas em andamento e expectativa concreta de localização e prisão de todos os autores. A moradora em Araçatuba também participaria desse grupo, de acordo com a investigação.

Prioridade

A Polícia Civil de Ribeirão Preto trata como prioridade capturar a jovem de Araçatuba e dará sequência à investigação, que tem como objetivo consolidar as provas, responsabilizar todos os envolvidos e recuperar a totalidade dos bens subtraídos.

"A Polícia Civil reafirma seu compromisso com o enfrentamento qualificado à criminalidade organizada, destacando a importância do trabalho conjunto entre as Delegacias da DEIC/DEINTER 3, o imprescindível apoio da Polícia Militar e o papel técnico da Polícia Científica para o êxito da operação", informa em nota.