Saúde & Bem-Estar

Programa de regionalização impulsiona aumento de repasses para Saúde de SP

Objetivo é a diminuição das desigualdades entre as regiões para aumentar a eficiência do gasto público, ampliando o acesso ao atendimento
Da Redação
24/10/2023 às 17h40
O IGM SUS-SP tem o objetivo de aumentar os recursos destinados aos municípios paulistas. (foto: divulgação) O IGM SUS-SP tem o objetivo de aumentar os recursos destinados aos municípios paulistas. (foto: divulgação)

Os resultados das Oficinas de Regionalização da Saúde, promovidas pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES), já estão sendo refletidos em novas políticas e programas implementados pelo Governo do Estado.

 

A partir do diagnóstico feito nessas reuniões entre a SES, gestores, profissionais de saúde e administradores regionais, foram criados o Incentivo à Gestão Municipal (IGM SUS Paulista) e a nova Tabela SUS Paulista.

 

O IGM SUS-SP tem como objetivo aumentar os recursos destinados aos municípios paulistas para melhorar a gestão da saúde pública. Já a nova Tabela SUS Paulista complementa o valor que os hospitais de São Paulo recebem do Ministério da Saúde pelos procedimentos hospitalares.

 

"Um dos principais objetivos deste primeiro ciclo era o diagnóstico dos principais problemas, especialmente os problemas de acesso", afirmou o Dr. Renilson Rehem, coordenador do Programa de Regionalização e Conselheiro da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).

 

De acordo com ele, "ficou claro nessas oficinas que os municípios estão sobrecarregados com grandes dificuldades financeiras e sempre com uma solicitação de ajuda do Estado. Foi assim que surgiu o IGM SUS Paulista, para dar apoio e diferenciar esses municípios, dando mais para quem precisa mais", explicou.

 

O IGM SUS Paulista aumenta os repasses estaduais aos municípios para os serviços públicos de saúde. O valor do aporte será de cerca de R$ 685,9 milhões em 2024, de acordo com estimativa da SES. O programa é estruturado de forma escalonada, de acordo com a vulnerabilidade de cada cidade.

 

Isso significa que os repasses serão feitos de acordo com a colocação do município em seis faixas distintas de classificação, seguindo seis indicadores de vulnerabilidade. O programa também aumenta a transparência na aplicação de recursos, pois se baseia em critérios específicos e mensuráveis para a transferência de verbas a cada cidade.

 

Outra iniciativa recente, para a qual o Dr. Rehem considera que as Oficinas de Regionalização foram fundamentais, é a Tabela SUS Paulista, que prevê a valorização em até cinco vezes dos valores pagos pelos procedimentos médicos e hospitalares realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) aos prestadores filantrópicos. Esses valores complementares foram pensados, ainda de acordo com o conselheiro da OPAS, "para viabilizar que as Santas Casas possam atender os pacientes e possam reduzir as filas", concluiu.

 

Regionalização

O objetivo da Regionalização da Saúde é reduzir as desigualdades entre as regiões para aumentar a eficiência do gasto público, ampliar a oferta de serviços, fazer as filas andarem e reduzir a distância que as pessoas precisam percorrer para conseguir atendimento. O programa prevê a adequação dos ambulatórios médicos de especialidades e hospitais estaduais às necessidades regionais, descentralizando efetivamente o sistema de saúde.

 

O Programa de Regionalização da Saúde do Estado de São Paulo conta com a parceria do Cosems-SP e o apoio da OPAS, com a qual foi assinada a Carta de Cooperação Mútua para a qualificação e fortalecimento da gestão estadual do Sistema Único de Saúde (SUS) do Estado de São Paulo. A parceria busca formas de entrosamento entre as instituições para criar, manter e dinamizar redes permanentes entre os quadros funcionais e assegurar a cooperação entre eles.

 

As regiões que sediaram Oficinas de Regionalização no primeiro ciclo foram:

  • Bauru
  • Taubaté
  • Marília
  • Presidente Prudente
  • São José do Rio Preto
  • Araçatuba
  • Ribeirão Preto
  • Baixada Santista
  • Campinas
  • Piracicaba
  • Sorocaba
  • Grande São Paulo
  • São Paulo
  •  

A capital paulista, inclusive, sediou o 13º encontro do programa, que encerrou o ciclo e iniciou o processo para resolver o problema do subfinanciamento da Saúde no estado.

 

Fonte: Portal do Governo

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