Opinião

Você tem medo de ficar longe do celular? Cuidado!

"Há um novo transtorno sendo catalogado na área de saúde mental, que está relacionado ao vício do aparelho"
Da Redação
18/07/2024 às 11h51
Foto: Divulgação Foto: Divulgação

Por Bruno Souza

 

O celular está cada vez mais presente na vida das pessoas. São ferramentas fundamentais para comunicação e outros serviços, do GPS ao acesso a notícias. Mas, é preciso tomar cuidado na relação de uso deste instrumento. Há um novo transtorno sendo catalogado na área de saúde mental, que está relacionado ao vício do aparelho. Ele tem sido chamado de nomofobia.

 

Este termo que descreve o medo ou ansiedade decorrente da impossibilidade de utilizar o celular, é uma condição cada vez mais observada na sociedade contemporânea. Essa fobia pode provocar uma série de reações adversas, incluindo sensação de medo, irritabilidade e prejuízos significativos na vida cotidiana, como insônia, dificuldades no ambiente de trabalho e escolar, além de impactos nas relações sociais. 

 

Entre os sintomas mais comuns, destacam-se a ansiedade quando se passa um longo período sem utilizar o celular, a necessidade constante de fazer pausas no trabalho para checar o dispositivo, a incapacidade de desligar o aparelho mesmo durante o sono e o hábito de acordar no meio da noite para usá-lo.

 

O aumento exponencial do uso de smartphones corrobora a disseminação dessa fobia. De acordo com dados da Statista, o número atual de usuários de smartphones no mundo é de 6,37 bilhões, representando 80,7% da população global. Esse número é significativamente maior quando comparado aos 3,67 bilhões de usuários em 2016, o que equivalia a 49,4% da população mundial naquela época.

 

Diante desse cenário, é essencial que pais e educadores estejam atentos às reações das crianças e adolescentes quando são afastados de seus dispositivos móveis. Manter uma relação saudável com o mundo digital, que está em constante evolução, requer vigilância e questionamento sobre os conteúdos consumidos. As bolhas de algoritmos, que frequentemente enviam conteúdos viciantes, devem ser analisadas criticamente para evitar a dependência tecnológica.

 

O controle parental desempenha um papel crucial na regulação do uso de dispositivos móveis por crianças. Estabelecer limites claros e supervisionar o tempo de tela pode ajudar a mitigar os efeitos negativos da nomofobia. 

 

Além disso, buscar a orientação de um profissional de saúde mental é recomendável para aqueles que apresentam sintomas mais graves dessa condição. A intervenção precoce pode fazer a diferença na qualidade de vida e na manutenção de relações saudáveis no ambiente familiar, escolar e social.

 

Bruno Souza é empresário do ramo de educação em Araçatuba e Birigui

 

** Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião deste veículo de comunicação

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