Opinião

Três anos de UCP

"Quem venham mais três, seis, nove anos, e assim sucessivamente, de serviços bem prestados em favor da sociedade"
Da Redação
01/03/2024 às 19h06
Foto: Divulgação Foto: Divulgação

Por Vanilda Maria Barboza

Em 2024, a UCP (Unidade de Internação de Cuidados Prolongados) Ritinha Prates completa três anos de serviços prestados à comunidade de Araçatuba (SP) e outros 10 municípios da região. Implantada em uma ala do Hospital Neurológico Ritinha Prates, conta com 24 leitos destinados ao acompanhamento de usuários com quadro clínico estável – de média e alta complexidade –, mas que necessitam permanecer sob cuidados especializados por mais tempo.

 

Trata-se de uma estratégia de cuidado intermediária entre os cuidados hospitalares de caráter agudo e crônico reagudizado e a atenção básica, inclusive a atenção domiciliar, prévia ao retorno do usuário ao domicílio. O objetivo é estimular a sua rápida recuperação e a reabilitação.

 

A UCP desafoga os hospitais gerais, que muitas vezes não têm condições de atender aos usuários que precisam de determinados cuidados e não têm condições de ir para casa, mas que poderiam ser atendidos numa unidade de saúde diferenciada. Na unidade, eles podem ficar por prazo determinado, que varia de 30 a 90 dias (ou mais), até ficarem recuperados a ponto de poder voltar para casa.

 

Para ter acesso a um leito, o prontuário e o paciente são avaliados diretamente pelo médico coordenador da UCP, que definirá, conforme protocolos médicos, pelo recebimento ou não do usuário. Como informei anteriormente e detalho agora, na unidade são atendidos usuários dos 11 municípios da área central da DRS-II (Departamento Regional de Saúde), que são: Araçatuba, Auriflama, Guzolândia, Nova Castilho, Nova Luzitânia, Bento de Abreu, Guararapes, Rubiácea, Bilac, Santo Antônio do Aracanguá e Valparaíso.

 

A atuação da UCP está amparada na Política Nacional de Atenção às Urgências criada em 2003 e reformulada pela portaria GM 1.600 de 07 de julho de 2011, que instituiu a Rede de Atenção às Urgências. A minuta de portaria propôs a reorganização das enfermarias de longa permanência definidas na portaria 2395 / 2011 Componente Hospitalar da Rede de Urgências, e passaram a ser denominadas Unidades de Internação de Cuidados Prolongados, instaladas em Hospitais Gerais ou Especializados.

 

Na nossa UCP, são atendidos por equipe multiprofissional usuários em situação clínica estável, que necessitam de reabilitação ou adaptação a sequelas decorrentes de processo clínico, cirúrgico ou traumatológico. Aqui, todos são tratados com atenção, carinho e dignidade. Por isso, a consideramos uma linha de cuidado de fundamental importância para a comunidade regional.

 

Portanto, os nossos leitos são destinados à recuperação clínica e funcional do indivíduo que possui perda transitória ou permanente da sua autonomia, garantindo a continuidade do cuidado e a diminuição de reinternações hospitalares, decorrentes da piora dos casos após a alta. Na UCP, ele e sua família têm todo o suporte necessário. As famílias dos nossos usuários podem comprovar o que estou afirmando.

 

Estando rigorosamente dentro dos indicadores e parâmetros definidos pela legislação, temos plena consciência de que somos uma importante unidade de retaguarda para os pacientes que aqui chegam e também para os seus familiares. Que venham mais três, seis, nove anos, e assim sucessivamente, de serviços bem prestados em favor da sociedade.

 

*Vanilda Maria Barboza é presidente da Associação de Amparo ao Excepcional Ritinha Prates

 

**Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião deste veículo de comunicação.

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