Opinião

O próximo nível das Inteligências Artificiais

"Parece realmente ser possível grandes mudanças surgirem de forma muito rápida no cotidiano da humanidade ainda neste século XXI"
Da Redação
18/02/2024 às 10h55
Foto: Pixabay Foto: Pixabay

Por Cássio Betine

 

A tecnologia BCI (Interfaces Cérebro-Computador) é o próximo nível dessa tecnologia que pode mudar completamente nossas vidas para algo próximo das ficções científicas que assistimos em filmes.

 

No início deste ano (2024), Elon Musk, o todo poderoso da Neuralink, uma das mais exponenciais empresas de biotecnologia do planeta, conseguiu implantar o primeiro chip neural em um ser humano. Esse chip, que leva o nome sugestivo de Telepathy, tem como objetivo principal restabelecer os movimentos de paraplégicos e estudar o comportamento cerebral. É uma missão auspiciosa que se der certo, além de ajudar muita gente, também irá revolucionar a medicina de forma avassaladora, incluindo de vez a tecnologia computacional como parte integrante do organismo humano.

 

Imagine só essa tecnologia permitir que as pessoas controlem próteses e dispositivos médicos por meio do pensamento? Na verdade, qualquer tipo de equipamento conectado poderia ser acessado e controlado: veículos, máquinas industriais, robôs, equipamentos domésticos e uma gama infinita de coisas.

 

Por isso muitos futurólogos acreditam que em breve (muito breve) poderemos estar vivendo num mundo distópico recheado de coisas curiosas que, hoje, poderiam parecer impensáveis, como por exemplo, próteses e órgãos biônicos inteligentes sendo vendidos pela internet, onde qualquer pessoa possa comprar e “instalar” facilmente em seu próprio corpo. Parece uma aberração? Saiba que já existem projetos de lentes de contato dotadas de nanotecnologia, com alimentação autônoma de energia, que prometem ativar a visão de pessoas com alguns tipos específicos de cegueira - uma lente de contato plug-and-play.

 

Contudo, algumas questões desacreditam que isso possa acontecer em breve, como por exemplo o alto custo desse tipo de tecnologia, tornando-as acessíveis para poucos. Mas devemos considerar que aparelhos telefônicos já foram caros, e hoje, praticamente todo ser humano tem um. 

 

Outra coisa que devemos considerar nessa equação é o espaço curto de tempo entre o surgimento e atualização das tecnologias existentes. O que no passado esse tempo era longo, hoje, é muito, muito curto. Um exemplo bem simples que nos permite perceber isso é a evolução dos fogões de cozinha. Do fogão a lenha para o fogão a gás, séculos se passaram, por outro lado, do microondas para a airfryer talvez nem uma década se passou. E isso não para, a impressão 3D de alimentos prontos para consumo também surgiu de forma rápida e está ganhando espaço no mercado - se é bom ou não, é um outro assunto.

 

Além disso, as crenças e leis sociais também poderiam inibir essa evolução, mas bem sabemos que isso não é impedimento, pois sucumbe às inovações, suas facilidades e benefícios. Atualmente, a vida média das pessoas é bem maior do que 100 anos atrás. A qualidade de vida também. E isso, com certeza se deve às atualizações tecnológicas. Portanto, parece realmente ser possível grandes mudanças surgirem de forma muito rápida no cotidiano da humanidade ainda neste século XXI.

 

Essa tecnologia que permite interação cérebro-máquina (BCI) vai revolucionar o modo como vivemos. E devemos estar preparados para isso.

 

*Cássio Betine é head do ecossistema regional de startups, coordenador de meetups tecnológicos regionais, coordenador e mentor de Startup Weekend e pilot do Walking Together. Cássio é autor do podcast Drops Tecnológicos

 

**Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião deste veículo de comunicação.

Entre no grupo do Whatsapp
Logo Trio Copyright © 2024 Trio Agência de Notícias. Todos os direitos reservados.