Opinião

Eu e o Lula

"Tenho verdadeira admiração por Lula, cheguei a coordenar o palanque dele na campanha presidencial de 1989, nunca vi tanta gente no Calçadão da Marechal"
Da Redação
22/10/2025 às 14h44
Foto: Divulgação Foto: Divulgação

Por Hélio Consolaro*

 

Tenho um amigo que não aplaude ninguém, economiza aplausos até para artistas dos quais é fã. Não chego a tanto, mas como secretário municipal de Cultura, lidava com artistas locais e convidados, cumprimentava-os, levava o relacionamento para o lado profissional. O então prefeito Cido Sério era um verdadeiro fã de auditório nos shows promovidos pela Prefeitura. 

 

Eu passei a votar para presidente em 1989. Defendi candidatos, mas nunca cheguei a baba-ovo. Tenho verdadeira admiração por Lula, cheguei a coordenar o palanque dele na campanha presidencial de 1989, nunca vi tanta gente no Calçadão da Marechal, Araçatuba, duro de gente, mas os adversários arrumaram Miriam Cordeiro, pagaram para ela mentir.

 

Collor reconheceu, 15 anos depois, que o recurso de usar depoimentos e imagens da ex-namorada do então candidato Luís Inácio Lula da Silva, Miriam Cordeiro, dizendo que tinha tentado o aborto "não foi de bom gosto, de bom tom". A campanha de Collor pagou a Miriam para acusar Lula de ter pedido a ela que abortasse a filha de uma gravidez inesperada. 

 

Como líder regional do PT, conheci de perto muitas personalidades nacionais, algumas delas dormiram em minha casa. Mas eu e Lula nos limitamos a nos cumprimentar, até nos grandes encontros nacionais da legenda.

 

Eu percebia que na época eu podia crescer eleitoralmente, mas não era isso que eu desejava para a minha vida. Sou mais lavrador, com os pés pregados ao chão do que um caçador, desejando o impossível. Como disse o padre Lauro: "Hélio, não deixe a política tomar conta de sua vida"! Malafaia não daria tal conselho a um seguidor da Assembleia de Deus. Não me arrependo de ter seguido tais ensinamentos.

 

Um amigo bolsonarista, ao tomarmos um cafezinho, me disse que havia descoberto ultimamente (caso Trump) que Lula era bem mais inteligente do que Bolsonaro. Não perdi a oportunidade e lhe respondi que, para ser mais inteligente que Bolsonaro, não precisaria de muita coisa.

 

Há gente afirmando que Lula já passou a mão na bunda de Trump. Outros dizem que o presidente norte americano ainda vai ensacar Lula. Tomara que os dois tenham juízo e defenda cada seu povo. 

 

HOMENAGEM AO PEDRINHO DA BANCA DA REFISTA

 

O jornaleiro anunciou tanto o progresso que foi vítima da má notícia que anunciava. Seus clientes não se contentavam com rádio e tevê. E nos últimos tempos, sua irmã on-line praticou a antropofagia do jornal e da revista de papel.

 

A Banca do Pedrinho ainda não é um museu, mas devia ser tombada, como retrato de uma época. Era um portal do conhecimento.

 

Por ela a juventude fazia coleções, tanto de fascículos como de livros. Resistem as palavras cruzadas. A VIDA CONTINUA, MUDA-SE A FORMA DE VIIVER. Pedrinho, converse com o cara lá de cima, dono da realidade virtual, diga que pare o tempo, porque os "veinhos" não aguentam mais a ausência da concretude.

 

Hélio Consolaro é professor, jornalista e escritor. Membro das academias de letras de Araçatuba, Andradina, Penápolis e Itaperuna

 

** Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião deste veículo de comunicação

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