*Eliane Cabral
A todas aquelas que exercem a função materna, um feliz e abençoado dia das mães!
Mas hoje quero fazer menção às mães que perderam seus filhos e aos filhos que perderam suas mães. Àqueles que atravessam um luto nesse dia celebrado por tantos. Àqueles que sentem dor ao invés de alegria. Àqueles que não se sentem pertencentes a essa celebração.
Não existe certo e errado diante da dor emocional, o que existe é o que é possível a cada um, na sua singularidade. É preciso lembrar que cada pessoa lida com a dor de forma diferente. Não existe uma forma "certa" de lidar com o sofrimento. O importante é se permitir sentir, buscar apoio, buscar ajuda e encontrar o que te traz conforto.
Esse tipo de luto não é apenas um contexto de tristeza, mas um processo que envolve a reconstrução da identidade, a reavaliação da forma de estar na vida, e a relação com o mundo.
Por esse motivo é preciso cuidado, sensibilidade e empatia para não invalidar a dor dos enlutados.
O que se pode fazer por aqueles que sofrem nessas datas?
Oferecer acolhimento, escuta, sensibilidade e empatia.
E a você que vive tal luto, relacione-se com o seu sentir. Cuide da sua dor. Ofereça a si generosidade. Acolha sua humanidade!
Por uma cultura de cuidados com a Saúde Mental.
Setembro Amarelo: de Setembro a Setembro.
* Eliane Cabral é Psicóloga Clínica, Especialista em Prevenção e Pósvenção em Suicídio, Especialista em Saúde Mental; Percurso em Psicanálise*
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