Opinião

Chatbots na Terapia Psicológica: A Revolução da Saúde Mental Digital

"Com a capacidade de estarem disponíveis 24 horas por dia, 7 dias por semana, esses assistentes virtuais também proporcionam um suporte contínuo e imediato para aqueles que precisam de ajuda"
Da Redação
10/03/2024 às 09h33

Por Cássio Betine
 

Na era da tecnologia e da conectividade, os chatbots estão se tornando uma ferramenta cada vez mais popular e acessível na área da saúde em geral, e em especial na terapia psicológica. Esses assistentes virtuais baseados em inteligência artificial estão revolucionando a forma como as pessoas acessam suporte emocional e aconselhamento terapêutico.

 

Quando vi uma notícia sobre a quantidade de pessoas que atualmente usam esses chats, enviei para conhecidos da área, psicólogos, terapeutas etc. A primeira reação da maioria deles foi de descrédito, que esse tipo de negócio não daria certo, pois as pessoas não confiariam num algoritmo. Pois bem, quando informei que somente uma das plataformas já registrava mais de 1 milhão de pessoas cadastradas e ativas, a reação mudou.

 

Com a capacidade de estarem disponíveis 24 horas por dia, 7 dias por semana, esses assistentes virtuais também proporcionam um suporte contínuo e imediato para aqueles que precisam de ajuda. Outra vantagem é a capacidade deles fornecerem anonimato e privacidade aos usuários. Assim, contribuiria para que essas pessoas se sintam mais confortáveis em compartilhar seus pensamentos e emoções com um chatbot do que com um terapeuta humano. Um estudo conduzido por psicólogos da Universidade de Stony Brook em Nova York, do Instituto Nacional de Saúde Mental e Neurociências na Índia, acredita que isso poderia facilitar a abertura e a honestidade durante as sessões de terapia.

 

No entanto, é claro que reconhecer que os chatbots têm suas limitações é saudável. Eles podem não ser capazes de oferecer a mesma empatia e compreensão que um terapeuta humano. Contudo, apesar dessas questões, a popularidade dos chatbots na terapia psicológica continua a crescer cada vez mais e as pessoas estão recorrendo a essas ferramentas digitais em busca de apoio emocional e orientação terapêutica. Isso é realidade. A combinação de tecnologia avançada e cuidados com a saúde mental está moldando o futuro da terapia psicológica, tornando-a mais acessível e adaptada às necessidades de uma sociedade digitalizada.

 

Diversos exemplos de chatbots nessa área estão ganhando destaque, oferecendo uma variedade de serviços. O Woebot, por exemplo, é um chatbot de terapia cognitivo-comportamental que auxilia na identificação de padrões de pensamento negativo e no desenvolvimento de habilidades para lidar com emoções. Ele fornece suporte emocional e orientação terapêutica de forma interativa. O Wysa é um que oferece técnicas de meditação e exercícios de relaxamento para ajudar os usuários a lidar com o estresse, ansiedade e outras questões emocionais.

 

E o futuro desse negócio é promissor. Com o avanço contínuo da inteligência artificial e da tecnologia de processamento de linguagem natural, estima-se que esses assistentes virtuais se tornem ainda mais sofisticados e personalizados. A integração de dados e algoritmos mais avançados pode levar a uma prestação de cuidados mais eficaz e personalizada, atendendo às necessidades individuais dos usuários.

 

É válido considerar também que esse tipo de recurso - ou inovação, é um potencializador das capacidades humanas, além disso, é também desenvolvido por inteligências naturais. Ou seja, é uma espécie de “clonagem” dos profissionais e suas especializações.

 

*Cássio Betine é head do ecossistema regional de startups, coordenador de meetups tecnológicos regionais, coordenador e mentor de Startup Weekend e pilot do Walking Together. Cássio é autor do podcast Drops Tecnológicos

 

**Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião deste veículo de comunicação.

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