Opinião

A importância dos foguetes para a humanidade

"Ao contrário do que muitos pensam, os estudos e esforços dedicados a essa área não são uma perda de tempo"
Da Redação
20/10/2024 às 08h29

Por Cassio Betine

 

O avanço da tecnologia de foguetes tem sido um pilar fundamental para a civilização moderna, permitindo não apenas a exploração do espaço, mas também o desenvolvimento de uma série de tecnologias que beneficiam a vida na Terra. Ao contrário do que muitos pensam, os estudos e esforços dedicados a essa área não são uma perda de tempo. Essas máquinas tem um papel fundamental em nossas vidas. 

 

Desde os primeiros experimentos com pólvora na China antiga até os complexos veículos de lançamento de hoje, os foguetes têm sido uma força motriz para o progresso da humanidade. No século XX, por exemplo, a corrida espacial entre os Estados Unidos e a União Soviética acelerou o desenvolvimento de foguetes bem avançados, culminando com a histórica Apollo 11, que levou os primeiros seres humanos à Lua em 1969. Lembram da frase “Um pequeno passo para o homem, um grande salto para a humanidade", de Neil Armstrong? Esse evento não apenas demonstrou o potencial dos foguetes para viagens além da nossa atmosfera, mas também inspirou gerações a olhar para as estrelas e sonhar com o impossível.

 

Apesar desses ônibus espaciais terem sido aposentados em 2011 - por diversos motivos, desde altos custos a problemas tecnológicos, eles deixaram um legado que pavimentou o caminho para empresas privadas, como a SpaceX, que está agora liderando a corrida espacial com foguetes reutilizáveis (o tal foguete que dá ré), e com eles, buscam alcançar outros planetas, como Marte, por exemplo.

 

Mas a importância dessas potentes máquinas não fica somente na ideia de enviar espaçonaves para outros planetas. A capacidade de lançar satélites para a órbita terrestre revolucionou as comunicações globais, o monitoramento climático e a pesquisa científica, tornando os foguetes instrumentos indispensáveis para o avanço do conhecimento humano. A estimativa é que nesse exato momento que você lê esse artigo, tenha pelo menos 11.700 satélites orbitando a Terra.

 

Dia 13 de outubro passado, a Starlink realizou com sucesso o pouso do propulsor “Super Heavy” em Boca Chica, no Texas, EUA. E isso foi comemorado como a conquista de uma copa do mundo pelos engenheiros. Os foguetes não são naves de passeio, nem são aviões, são lançadores de objetos que podem ser desde um simples e pequeno satélite, até uma robusta nave espacial.

 

E essas explorações espaciais servem para uma infinidade de pesquisas científicas que podem proporcionar o aprimoramento em vários campos da ciência.

 

Olhando para o futuro, podemos imaginar diversas estações de lançamento ultramodernas instaladas em várias partes do mundo e centenas de foguetes indo e vindo para o espaço. Eles prometem tornar as viagens espaciais mais acessíveis e frequentes - inclusive já há empresas de turismo espacial que levaram civis para dar uma voltinha no espaço. Lembra? Com o desenvolvimento contínuo de novas tecnologias, como propulsores mais eficientes e habitats espaciais sustentáveis, a humanidade está se aproximando de uma era em que a presença no espaço será uma extensão natural da vida na Terra. Isso parece inevitável. 

 

E pensar que isso tudo ocorreu num período bem curto de tempo, apenas pouco mais de 100 anos (desde a descoberta do avião pra cá). Portanto, as conquistas alcançadas até hoje são apenas o começo de uma jornada que pode levar a humanidade a novos mundos e talvez até a encontrar sinais de vida além do nosso planeta (*não precisa pensar em ET, ok. Pode ser apenas uma bactéria). 

 

Na verdade, a importância dos foguetes vai muito além da sua capacidade de alcançar o espaço; eles simbolizam o espírito inovador e explorador da humanidade. Alguns acham isso bom, outros não. Mas, o fato é que tudo isso está acontecendo agora, bem diante dos nossos olhos.

 

*Cássio Betine é head do ecossistema regional de startups, coordenador de meetups tecnológicos regionais, coordenador e mentor de Startup Weekend e pilot do Walking Together. Cássio é autor do podcast Drops Tecnológicos

 

**Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião deste veículo de comunicação.

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