O Tribunal do Júri de Araçatuba (SP) volta a se reunir nesta quarta-feira (20) para o julgamento de Jean Carlos de Souza Apolinário. Ele foi denunciado por homicídio qualificado, acusado do assassinato de Antônio Aparecido de Souza, o “Tonho da Mata”.
O crime aconteceu na noite de 3 de novembro de 2010, na casa da vítima, na rua Clóvis Pestana, e o julgamento estava previsto para acontecer em 1º de fevereiro. Porém, foi adiado atendendo pedido do advogado Edgard Antônio dos Santos.
Segundo a denúncia, na noite do crime a vítima estava sobre o telhado de casa consertando a antena da TV, quando Apolinário chegou acompanhado de um homem não identificado. O réu teria batido palmas e foi atendido pela companheira da vítima.
Ele trabalhava como carroceiro e fazia transporte para outras pessoas, o chamado frete. Apolinário teria pedido à mulher que chamasse Tonho da Mata, alegando que queria contratá-lo para um serviço de carreto.
Tiros
A vítima desceu do telhado para atender ao chamado e as partes combinaram o suposto carreto para ser feito na manhã seguinte. Porém, após o acordo, Apolinário teria sacado uma arma e feito pelo menos quatro disparos contra o carroceiro.
A companheira de Tonho da Mata disse à polícia que ao ouvir os disparos, ela viu o autor e se escondeu atrás da carroça que estava no quintal da residência, enquanto o réu fugiu. A vítima foi ferida no peito, nas costas e nas nádegas, chegou a ser socorrida e submetida a cirurgia de urgência, mas morreu na madrugada seguinte.
Negou
Ainda de acordo com a denúncia, Apolinário foi encontrado pela polícia posteriormente, indiciado e denunciado. Interrogado em juízo, ele negou as acusações, alegando que sequer conhecia a vítima, não sabia onde ela morava, não tendo estado no local do crime.
O réu disse ainda que sabia do assassinato por ter ficado preso junto com um irmão da vítima, com quem teria tido um desentendimento na penitenciária e por isso, ele poderia querer incriminá-lo.
A Promotoria de Justiça entende que Apolinário agiu com dissimulação ao procurar a vítima sob argumento de que iria contratar um serviço. Durante o processo foi concedido a ele o direito de recorrer em liberdade, mas ele estaria preso por outro processo.