Justiça & Cidadania

Réus são condenados a penas de até 65 anos de prisão por assalto a bancos em Araçatuba

Decisão da 1ª Vara Federal de Araçatuba condena nove homens por ataques ocorridos em agosto de 2021, com explosivos e reféns utilizados como "escudos-humanos" no capô de veículos
Da Redação
05/12/2023 às 16h39

A 1ª Vara Federal de Araçatuba (SP) condenou nove réus a penas de 40 a 65 anos de prisão por participação no roubo às agências bancárias da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil, ocorrido entre o final da noite do dia 29 e início da madrugada do dia 30 de agosto de 2021.

 

As sentenças foram assinadas na terça-feira (5) e são referentes a duas ações penais. Outros nove réus foram absolvidos por insuficiência de provas. Os condenados foram denunciados por integrar organização criminosa; latrocínio consumado e tentado; roubo majorado pelo concurso de pessoas, restrição da liberdade das vítimas, emprego de arma de fogo e explosão de obstáculos; incêndio; e acionamento de explosivos. O regime inicial para cumprimento da pena é o fechado.

 

Roubo

 

Os ataques causaram duas mortes, deixaram outras pessoas feridas e causaram diversos danos ao patrimônio público e particular. O prejuízo dos roubos às agências bancárias foi estimado em R$ 17 milhões.

 

Após o crime, o centro da cidade permaneceu isolado durante dois dias, pois os bandidos deixaram explosivos espalhados. Naquela noite, os membros da organização criminosa realizaram ataques simultâneos a agências bancárias.

 

Eles também atacaram as sedes do 12º Baep (Batalhão de Ações Especiais de Polícia) e do CPI-10 (Comando de Policiamento do Interior), para tentar impedir o deslocamento do efetivo policial. Foram também incendiados veículos na região central e nas rodovias de acesso à cidade.

 

Reféns

 

Nos arredores da praça Rui Barbosa, onde estão as agências roubadas, os assaltantes fizeram reféns, instalaram explosivos de acionamento remoto e monitoraram a movimentação policial por meio de drones e “olheiros”.

 

Houve intensa troca de tiros com a Polícia Militar e vítimas foram mantidas como "escudos-humanos" nos capôs de veículos em alta velocidade. Os assaltantes fugiram para o bairro rural de Engenheiro Taveira, onde roubaram veículos e deixaram a cidade.

 

Investigação

 

Consta na denúncia que a investigação policial identificou os suspeitos a partir de materiais genéticos coletados em vestígios do crime, quebras de sigilo de dados telefônicos e perícias sobre aparelhos eletrônicos, que, entre outras diligências, levaram a numerosas buscas, apreensões e prisões preventivas.

 

A instrução do processo judicial foi realizada em 15 audiências para oitiva de 33 testemunhas e 20 interrogatórios.

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