Justiça & Cidadania

Réus por matar dono de lava jato na avenida Brasília são julgados nesta quinta

Investigação da Polícia Civil apontou que um dos réus atuaria como agiota e a vítima teria uma dívida com ele
Lázaro Jr.
07/05/2025 às 19h48
Ricardo foi baleado e chegou a ficar internado, mas não resistiu aos ferimentos (Foto: Reprodução) Ricardo foi baleado e chegou a ficar internado, mas não resistiu aos ferimentos (Foto: Reprodução)

O Tribunal do Júri de Araçatuba (SP) se reúne nesta quinta-feira (8), para o julgamento de Caio Moreira Vaccas e Matheus Vítor de Oliveira Lagares, por participação no assassinato do comerciante Ricardo Perminio dos Santos, 43 anos, ocorrido em um posto de combustíveis na avenida Brasília, em julho de 2021.

 

Os dois foram denunciados por homicídio qualificado pelo motivo torpe e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima. Além disso, respondem por do corrupção de menores, já que teriam convencido um adolescente a participar do assassinato.

 

Segundo a denúncia do Ministério Público, o homicídio aconteceu pouco antes das 15h, de 6 de julho de 2021. Investigação da Polícia Civil apontou que Caio atuaria como agiota e a vítima teria contraído uma dívida com ele. 

 

O pagamento dessa dívida teria passado a ser cobrado no final de 2020 e, segundo a investigação, em uma das oportunidades Caio e Matheus foram ao local de trabalho do comerciante, um lava jato que funcionava no posto.

 

Houve um desentendimento entre as partes na ocasião e Matheus teria ameaçado a vítima de morte, após ser agredido com um tapa.

 

Tiros

 

Após esse desentendimento, Caio teria ordenado que Matheus e um adolescente então com 17 anos praticassem o homicídio. Naquela tarde, o adolescente estaria conduzindo a moto, levando Matheus até o lava jato.

 

Chegando a local, o garupa teria sacado a arma de fogo e feito diversos disparos contra Santos, e a dupla fugiu em seguida. Porém, os acusados de autoria do crime foram detidos na mesma tarde, na casa de Matheus, no bairro Alvorada. Na ocasião foram encontrados três capacetes, mas a moto e a arma utilizadas na ação criminosa não foram localizadas.

 

A vítima foi socorrida pelo filho dela, levada ao pronto-socorro da Santa Casa, mas acabou morrendo na noite do dia 9.

 

Dívida

 

Apesar de o grupo ter negado participação no crime, Caio confirmou que o comerciante devia dinheiro a ele e alegou que quando esteve no posto para cobrá-lo, teria sido ameaçado e o amigo dele teria sido agredido com um tapa.

 

Laudo de exame necroscópico apontou que a morte do comerciante foi em consequência dos ferimentos sofridos pelos disparos de arma de fogo e os dois réus foram denunciados pelo Ministério Público.

 

A defesa de Matheus requereu a impronúncia por insuficiência de indícios de participação no crime, enquanto a defesa de Caio requereu a nulidade do reconhecimento fotográfico realizado pela vítima durante a fase policial e a absolvição por inexistência de provas.

 

Júri

 

Entretanto, a Justiça decidiu por mandar a dupla para julgamento pelo Tribunal do Júri, levando em consideração o depoimento do filho do comerciante, que presenciou o crime reconheceu o autor do disparo, confirmando em juízo o que havia relatado durante a fase policial.

 

Também foi considerado o reconhecimento fotográfico desse autor do disparo, feito pela vítima, enquanto ela estava em tratamento no hospital, e os depoimentos prestados por outras testemunhas.

 

Quanto ao suposto mandante, ele também foi reconhecido por fotografia pela vítima e foi preso em seguida, junto com os demais investigados. O julgamento está marcado para começar às 9h, no Fórum de Araçatuba.

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