Justiça & Cidadania

Réu é condenado a 9 anos de prisão por tentar matar homem com tiro de espingarda em Birigui

Vítima seria namorado da ex-companheira do réu, que não se conformaria com o término do relacionamento
Lázaro Jr.
21/02/2024 às 10h48
Imagem: Ilustração/Divulgação Imagem: Ilustração/Divulgação

O Tribunal do Júri de Birigui (SP) condenou Danilo Antônio da Silva, 38 anos, a 9 anos e 4 meses de prisão, por uma tentativa de homicídio ocorrida em 20 de novembro de 2014, quando ele fez um disparo com uma espingarda contra o homem que seria namorado da ex-companheira dele.

 

O julgamento aconteceu na terça-feira (20) no Fórum de Birigui e a juíza Moema Moreira Ponce Lacerda, que presidiu o Júri, não concedeu a ele o direito de recorrer em liberdade. Ao término da sessão, ela determinou a expedição do mandado de prisão e ele seria encaminhado à cadeia de Penápolis, onde aguardaria vaga no sistema prisional.

 

Segundo a denúncia, o crime aconteceu por volta das 17h30 daquele dia, na rua São Pedro, na Vila Roberto. Ouvida em juízo, a vítima relatou que havia discutido com Silva por causa da ex-companheira do réu.

 

No mesmo dia ele foi abordado na rua por Silva, que o chamou para conversar e de repente fez um disparo de arma de fogo que o atingiu no abdômen. Em função do ferimento sofrido, a vítima ficou internada por 142 dias, dez deles na UTI (Unidade de Terapia Intensiva).

 

Confirmou

 

A mulher que seria pivô do crime foi ouvida apenas na delegacia e contou que conviveu com Silva por cerca de seis anos, mas na época do crime, estavam separados havia seis meses. Ainda de acordo com ela, naquele dia o ex-companheiro esteve na casa dela, ainda inconformado com a separação.

 

Enquanto ele estava na casa dela, a vítima teria aparecido, informado que quando voltasse não queria encontrar o acusado novamente, e deixou o local. O réu também teria saído em seguida, mas mais tarde, ela foi procurada por populares informando que o ex-companheiro dela havia atirado contra a vítima. A mulher contou que esteve no hospital, onde o homem ferido confirmou que o autor do disparo teria sido o ex-companheiro dela.

 

Outra testemunha ouvida pela polícia relatou que viu quando o réu, conduzindo um veículo VW Parati, teria fechado o condutor de uma moto, armou-se com uma espingarda e fez o disparo na vítima, após discussão. A arma usada no crime foi apreendida pela polícia em agosto de 2015, após a mulher denunciar onde a arma estaria escondida.

 

Negou

 

Ouvido tanto na delegacia como em juízo, Silva negou ter procurado a ex-companheira naquele dia, assim como negou ter discutido com o então namorado dela ou ter atirado contra ele, alegando que sequer o conhecia. Disse ainda que não possuía veículo na época.

 

Apesar de negar o crime, ele foi denunciado por homicídio tentado qualificado por motivo torpe, mas aguardou pelo julgamento em liberdade. Durante o Júri, o Ministério Público, representado pelo promotor de Justiça Rodrigo Mazzilli Marcondes, pediu a condenação de acordo com a denúncia.

 

Já a defesa, feita pela advogada Keilla Dias Takahashi, pediu a absolvição, pela negativa de autoria. Entretanto, os jurados acataram o pedido da Promotoria de Justiça, que também representou pela decretação da prisão preventiva do réu, e foi atendido. Foi levado em consideração, que Silva foi indiciado por outro crime enquanto aguardava julgamento.

 

Pena

 

Devido ao total da pena imposta e por ter sido o crime cometido com violência à pessoa, a juíza determinou o regime fechado para o início do cumprimento da sentença e determinou a expedição do mandado de prisão, que foi cumprido ao término do julgamento, no final da tarde.

 

A defesa deve recorrer da decisão.

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