Réu é condenado a 4 anos de prisão por assassinato a tiros em Birigui

O Tribunal do Júri de Birigui (SP) condenou a 4 anos de prisão, Eleandro Heiderich Felipe, 39 anos, pelo assassinato do pintor Sidnei Pereira da Silva, 49, crime ocorrido em agosto de 2019, na frente de um depósito de bebidas.

O julgamento aconteceu nesta terça-feira (24) no Fórum de Birigui e os jurados reconheceram o homicídio privilegiado, que é uma atenuante para a pena. Diante disso, a juíza Moema Moreira Ponce Lacerda, determinou o regime aberto para início do cumprimento da pena. 

Conforme divulgado na época, na ocasião houve denúncia de disparo de arma de fogo na frente do depósito de bebidas, que fica na avenida Pedro Gonçalves. No local os policiais militares foram informados que a vítima havia sido socorrida em estado gravíssimo.

Tiros

Populares relataram que o pintor estava no depósito e que o condutor de um Fiat Palio chegou estacionou, desceu do veículo e foi ao encontro dele. Os dois teriam discutido e na sequência foram disparados quatro tiros contra a vítima.

O autor dos disparos fugiu e a polícia foi informada em seguida que Silva havia dado entrada no pronto-socorro já sem vida. Ele apresentava ferimentos no punho, no lado direito do peito, no queixo e nas costas.

Identificado

Felipe foi identificado logo no início das investigações realizadas pela Polícia Civil, que teve acesso a imagens de câmera de monitoramento. Elas mostram que após descer o carro e ir de encontro ao pintor, o réu o empurra.

A vítima revida, atirando o líquido de um copo de bebida nele, que se afasta, saca a arma e passa a atirar. Uma pessoa tenta intervir e em seguida, outra pessoa desce do carro do autor, o segura e ele volta para o veículo, com o qual deixa o local.

Solto

Felipe se apresentou na delegacia depois do crime e alegou estava sendo ameaçado pela vítima por ter cobrado pelos danos que ela teria causado em uma motoneta, num acidente de trânsito ocorrido no mesmo local, cerca de três meses antes.

Na ocasião, o réu alegou ainda que após o crime, teria jogado o revólver no rio Tietê, quando passava pela ponte na rodovia Deputado Roberto Rollemberg (SP-461), na divisa de Birigui com Buritama. Como não houve flagrante, ele respondia em liberdade.

Julgamento

Felipe foi denunciado por homicídio simples e, durante o julgamento, nesta terça-feira, o promotor de Justiça Rodrigo Mazzilli Marcondes pediu que fosse reconhecido o homicídio privilegiado, o que foi concordado pela defesa.

Os jurados acataram o pedido, condenaram o réu, mas reconheceram que ele teria reagido a injusta provocação da vítima. Ao calcular a pena, a juíza também considerou a confissão, que é mais uma atenuante.