O Tribunal do Júri de Araçatuba (SP) condenou a 21 anos de prisão, Ronaldo Adriano Raimundo da Silva, 33 anos, pelo assassinato de Danielle Laressa Sanches, 17. A vítima era ex-companheira do agora condenado, que está foragido, por isso não participou da audiência.
O julgamento durou pouco mais de três horas e os jurados acataram na íntegra a denúncia do Ministério Público, que foi representado pelo promotor de Justiça Adelmo Pinho. Silva foi condenado por homicídio qualificado pelo motivo fútil e dissimulação.
A defesa, feita pelo advogado Benedito Matias Dantas, defendeu a tese de absolvição e em caso de condenação, pediu o afastamento das qualificadoras. A sentença foi proferida pelo juiz Danilo Brait, que determinou o regime fechado para o início do cumprimento da pena. A Promotoria de Justiça não pretende recorrer.
Caso
Segundo a denúncia, o crime aconteceu em 10 de outubro de 2013, em uma residência no bairro Araçatuba G. Após nove meses de convivência, a vítima decidiu romper o relacionamento para dar sequência aos estudos, o que não teria sido aceito por parte do autor.
Na ocasião eles estavam separados e Silva mandou uma mensagem pedindo que fosse ao encontro dele, pois lhe entregaria o dinheiro referente à venda de uma geladeira e de uma cama, conforme haviam combinado após a separação.
Ao chegar na casa, no início da noite, o réu teria trancado o portão e após discussão entre os dois, ele agrediu a adolescente com socos no rosto e golpes de faca no peito e no pescoço.
Socorro
Vizinhos ouviram os gritos de socorro e pela janela, viram o réu fugindo, pulando o muro dos fundos. Danielle chegou a ser socorrida, mas morreu em decorrência dos ferimentos.
Silva fugiu e foi preso dois anos depois, no município de Viçosa (AL), ao ser reconhecido pelo padrasto da vítima quando caminhava por uma rua da cidade. Ele chegou a apresentar documento falso para tentar enganar os policiais, que deram cumprimento ao mandado de prisão que havia sido expedido pela Justiça de Araçatuba.
Entretanto, enquanto aguardava julgamento, o réu conseguiu fugir da unidade prisional daquele Estado e desde então o paradeiro dele é desconhecido da Justiça.