Foi adiado para abril de 2024, o julgamento de Pedro Henrique Carvalho, 31 anos, por participação no assassinato do jardineiro Sidnei Rodrigues da Silva, que estava marcado para acontecer na quarta-feira (29) pelo Tribunal do Júri no Fórum de Araçatuba (SP).
Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) informou que o advogado de defesa abandonou o plenário durante o julgamento por ter tido seu pedido de adiamento indeferido. “Por isso, a ele foi aplicada multa de 10 salários mínimos. O Júri foi reagendado para 25 de abril de 2024”, informa a nota.
Pedro Henrique foi denunciado por homicídio duplamente qualificado, acusado ter conduzido a moto que transportou Marcelo Cícero da Conceição Lopes, autor dos disparos que mataram o jardineiro, crime ocorrido em 15 de fevereiro de 2016.
O assassinato teria sido executado a mando do pai de Pedro Henrique, José Luís de Carvalho, que assim como Marcelo, foram denunciados por participação no crime. Porém, os dois foram assassinados enquanto aguardavam julgamento.
Tiros
Segundo a denúncia, José Luís teria recrutado o filho dele e Marcelo para matarem o jardineiro por vingança. A investigação apontou que a vítima teria presenciando José Luiz cobrando de forma excessiva uma mulher que devia dinheiro a ele.
Ao intervir em favor da mulher, Sidnei teria desagradado o réu, os dois discutiram, inclusive com ameaças, o que motivou o crime. O crime aconteceu na rotatória do bairro São José, na confluência das ruas Brigadeiro Faria Lima e Fundador Paulino Gatto.
A vítima seguia de carro quando foi surpreendida pelos dois ocupantes da moto, sendo que o garupa fez os disparos. A vítima foi alvejada por pelo menos três tiros e os três réus foram denunciados por homicídio qualificado por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima.
Preso
Pedro Henrique está preso porque foi condenado pelo assassinato do filho de Sidnei, que também foi morto a tiros quando saía de casa de carro, com a família, em outubro de 2016, para ir ao mercado.
E em 2018 ele havia sido condenado a mais 10 anos e meio de prisão por ter atropelado um policial militar na avenida Abraão Buchala, durante uma blitz em 2015.
Redesignação
A defesa de Pedro Henrique informou à reportagem que pediu redesignação do julgamento por ter assumido o caso apenas no dia 23 deste mês, e sob argumento que por esse processo, o réu estaria em liberdade.
Ainda de acordo com a defesa, essa decisão do pedido de adiamento teria sido comunicada à OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) um dia antes. E com relação à multa, informa que no dia 14 deste mês houve uma alteração na lei, com efeito retroativo, assim, ela perdeu o efeito.