O Tribunal do Júri de Araçatuba (SP) se reúne nesta quinta-feira (24), para o julgamento do pintor Elvis Ferreira Torrete, 42 acusados, por tentar matar a ex-companheira dele, crime ocorrido em agosto de 2022, quando ela tinha 45 anos.
Segundo a denúncia, o crime aconteceu na madrugada de 16 de agosto, na rua Alfredo Chiantelli, no bairro São José. Durante inquérito policial foi apurado que o casal conviveu por aproximadamente 9 meses, mas estava separados havia 3 meses.
O réu não aceitava o fim do relacionamento e estava perseguindo a vítima, além de proferir ameaças de morte, dizendo que “ela não seria de mais ninguém” . As ameaças teriam sido feitas verbalmente, por meio de mensagens de texto pelo aplicativo WhatsApp, e ligações telefônicas.
Ainda de acordo com a denúncia, Torrete já teria invadido o quintal da casa da vítima algumas vezes, sem autorização, perturbando a liberdade e privacidade dela.
Facadas
Na madrigada do crime, ele voltou a invadir o quintal da residência da ex-companheira. A mulher foi acordada com o barulho dos cachorros latindo e percebeu que alguém havia pulado o muro.
Ao abrir a porta para ver o que ocorria, ela foi surpreendida pelo réu, que estava armado com duas facas e passou a atacá-la, desferindo vários golpes. A mulher foi atingida nos seios, no pescoço, no ombro esquerdo e no abdome.
Ela teria tentado se defender utilizando as pernas e também teve lesões na coxa esquerda. Durante o ataque a vítima gritou por socorro e o acusado fugiu. Ela mesma acionou a Polícia Militar, que conseguiu encontrar Torrete nas imediações, vindo a prendê-lo em flagrante. A vítima foi atendida e levada para o pronto-socorro para atendimento médico e recebeu alta no mesmo dia.
Denunciado
Para o Ministério Público, ficou configurada a tentativa de homicídio qualificada com emprego de meio cruel, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e por razões da condição de sexo feminino. O réu também foi denunciado pelo crime de perseguição, pois houve representação por parte da vítima nesse sentido.
Torrete disse em juízo que no dia crime estava bêbado e drogado e que estava de posse de apenas uma faca. Ele alegou que a vítima teria ido para cima dele, que queria apenas assustá-la quando desferiu o primeiro golpe, e que não se recordava de quantos outros golpes havia dado.
O julgamento está marcado para as 9h no Fórum de Araçatuba e o réu aguarda julgamento preso.