Justiça & Cidadania

Acusados de matar jovem a tiros em festa em Araçatuba vão a julgamento nesta sexta

Dois réus foram denunciados por homicídio acusados de terem atirado na vítima e um terceiro foi denunciado por lesão corporal
Lázaro Jr.
16/05/2024 às 10h46
Matheus Henrique Barthmann tinha 23 anos (Foto: Reprodução) Matheus Henrique Barthmann tinha 23 anos (Foto: Reprodução)

O Tribunal do Júri de Araçatuba (SP) se reúne nesta sexta-feira (17), para julgar três réus denunciados por participação no assassinato do tapeceiro Matheus Henrique Barthmann, 23 anos, assassinado com cinco tiros na madrugada de 12 de outubro de 2020, durante uma festa em uma área de lazer na rua Aviação.

 

Wesley Junio da Silva e Robert da Silva Carvalho foram denunciados por homicídio qualificado pelo recurso que dificultou a defesa da vítima, enquanto Luiz Guilherme Silva Lopes foi denunciado por lesão corporal.

 

Segundo a denúncia, naquela madrugada os três amigos participavam de um evento denominado “Domingou”, onde a vítima também estava presente . Barthmann se desentendeu com Wesley e teria desferido um soco nele, que teria revidado e contado com a ajuda dos dois amigos para agredir a vítima, que passou a receber vários socos e chutes de pessoas não identificadas.

 

Tiros

 

Em virtude das agressões, o tapeceiro caiu no chão e apesar de não oferecer resistência, foi atingido por um disparo de arma de fogo feito por Wesley, que estava armado com um revólver calibre 38.

 

Na sequência, Robert teria tomado a arma da mão dele e feito mais quatro disparos contra a Barthmann, que chegou a ser socorrido e levado para o hospital, mas deu entrada na unidade já sem vida, enquanto os três acusados fugiram levando consigo a arma do crime, que não foi localizada.

 

Investigação

 

O delegado que presidiu a investigação informou em juízo que ainda no dia do crime, houve a informação de que Robert seria o autor do assassinato e que Wesley também estaria envolvido. A polícia teve acesso a imagens de câmeras de segurança e identificou testemunhas que concordaram em falar e tiveram as identidades preservadas.

 

Essas pessoas confirmaram que houve uma discussão seguida de agressão a Wesley, que revidou, vindo a acontecerem os disparos que mataram o tapeceiro. Wesley foi o primeiro a ser preso temporariamente, enquanto Robert teria fugido, mas também teve a prisão decretada e foi capturado na grande São Paulo.

 

Na casa dele, logo após o crime, a polícia havia apreendido uma camiseta que seria a que ele vestia no dia do crime, conforme mostram as imagens das câmeras de monitoramento. As imagens mostram ainda que ele estava com a arma na mão quando fugia logo após os disparos.

 

Confessou

 

Ainda de acordo com o que foi relatado, Wesley inicialmente negou, mas depois acabou confessando ter feito o primeiro disparo, atingindo o braço direito da vítima. Em seguida ele teria ficado sem ação e Robert tomou a arma e disparou mais quatro vezes. Laudo do exame necroscópico apontou que a vítima foi atingida por cinco disparos.

 

Robert confessou ter participado das agressões à vítima, mas nega ter atirado nela. Já Luiz Guilherme negou a agressão na delegacia, mas as testemunhas confirmaram que ele agrediu o tapeceiro.

 

Julgamento

 

O julgamento está marcado para as 9h desta sexta-feira, no Fórum de Araçatuba. Luiz Guilherme está em liberdade, enquanto os outros dois réus permecem presos. 

 

Wesley e Luiz Guilherme terão a defesa feita pelos advogados Benedito Matias Dantas  e Isabela Aparecida Fioroto, enquanto a defesa de Robert será feita pelos advogados Milton Walsinir de Lima e César Augusto Silva Franzói.

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