O Tribunal do Júri de Araçatuba (SP) se reúne nesta quarta-feira (6) para o julgamento de Maycon Joaquim de Almeida Vasque e Fábio da Silva Almeida, pelo assassinato do azulejista Claudionor Soares, 62 anos.
O idoso foi agredido na praça Independência, em 5 de dezembro de 2015, e morreu dois dias depois, na Santa Casa da cidade. Na época, um filho dele relatou à polícia que ao visitar o pai, no hospital, ele contou que estava na praça quando foi empurrado ao chão sem motivo algum. Quando estava caído, ele teria levado um chute no rosto, sofrendo lesão no nariz.
O primeiro atendimento foi feito no pronto-socorro municipal, mas devido à gravidade do ferimento, foi encaminhado à Santa Casa. Soares chegou a receber alta no mesmo dia, mas como não se sentia bem, pediu para ficar no hospital.
Na manhã seguinte, em nova visita o filho encontrou o pai com um curativo no nariz, aguardando para ser avaliado por um especialista. Mais tarde, ele foi informado por telefone que o pai dele havia morrido.
Furto
Ainda de acordo com o que foi informado à polícia na época, antes de morrer o azulejista relatou à família que teve a carteira e o celular furtados, sem dizer quando o crime teria ocorrido. Na denúncia consta que durante o inquérito foi apurado que Fábio soube que estava sendo acusado de ter sido o autor do furto.
Diante disso, ele “dar uma lição” na vítima e chamou Maycon para auxiliá-lo. Os dois réus teriam permanecido na aguardando o idoso. A vítima morava na frente da praça e, ao sair de casa, foi surpreendida por Maycon, que a empurrou.
Ainda de acordo com a denúncia, a dupla teria passado a desferir socos, chutes e pauladas em Soares, que foi deixado caído no chão enquanto os acusados fugiram.
Denunciados
Após serem identificados, os acusados tiveram as prisões preventivas decretadas e foram denunciados por homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima.
A defesa de Fábio requereu a impronúncia ou o afastamento das qualificadoras e a de Maycon pediu a absolvição e a impronúncia. Os pedidos foram negados e os dois pronunciados pelo julgamento pelo Tribunal do Júri.
Presos
Posteriormente o Ministério Público concordou com a concessão da liberdade provisória dos réus. Porém, em setembro deste ano, a Promotoria de Justiça representou pela revogação da liberdade provisória, pois os réus deixaram de cumprir as medidas cautelares.
Os mandados de prisão foram expedidos e Maycon foi preso no início deste mês. Até a tarde desta segunda-feira não havia informações sobre o cumprimento do mandado de prisão de Fábio.
O julgamento está marcado para as 9h, no Fórum de Araçatuba.