O Tribunal do Júri de Araçatuba (SP) se reúne nesta quinta-feira (27) para o julgamento de Jefferson Herrerias Ferreira, pela tentativa de homicídio cometida contra um guardador de carros, em 25 de janeiro de 2015. A vítima, com 42 anos na época, foi atacada com golpes de martelo na cabeça e também levou uma facada no abdome.
O crime aconteceu na residência da vítima, que teve a porta da casa arrombada enquanto dormia. Na ocasião, a Polícia Militar foi acionada na residência na rua Dr. Clóvis de Arruda Campos, no bairro Vila Estádio, mas quando chegou ao local, o morador já havia sido socorrido pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e levado para o pronto-socorro da Santa Casa.
Uma mulher que estava na residência disse à polícia que os dois dormiam no chão da cozinha, que fica nos fundos do imóvel, quando o autor do crime arrombou a porta e cometeu o crime. O martelo foi apreendido, mas a faca não foi localizada na ocasião.
Cigarros
De acordo com a denúncia, réu e vítima cuidavam de veículos estacionados na rua e a vítima teria pego três maços de cigarro de Ferreira dias antes do crime. Na noite de 24 de janeiro de 2015 o réu encontrou a vítima nas imediações do cruzamento da rua Duque de Caxias com a avenida Pompeu de Toledo e teria pedido para tomar conta dos veículos, o que foi negado.
Ele teria deixado o local, mas durante a madrugada foi à casa da vítima e cometeu a tentativa de homicídio. Em juízo a vítima contou que naquela madrugada, lembrava-se apenas de ter ligado a TV e dormido ao chegar em casa, tendo acordado na Santa Casa.
Disse que conhecia o acusado da rua e havia se desentendido com ele por conta de quem cuidaria dos carros e por maços de cigarros. A vítima confirmou que passou por cirurgia e ficou quatro dias na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) em função dos ferimentos e só acordou depois de três dias que já estava em um leito comum do hospital.
Confessou
Ferreira foi ouvido pela polícia e confessou o crime. Ele disse que a vítima havia furtado os três maços de cigarros e, além de não devolvê-los, o proibiu de guardar de carros que estavam estacionados próximo ao cruzamento da Pompeu com a Duque de Caxias.
O réu falou ainda que naquela madrugada ficou bêbado e tomou coragem de ir tirar satisfação com a vítima. Ele alegou que chegando na casa os dois discutiram e ele armou-se com o martelo, com o qual desferiu dois golpes na cabeça da vítima.
Por fim, afirmou que após as marteladas ele saiu correndo, deixando o martelo no local, e não mais teria visto a vítima. Já em juízo o réu afirmou que não conhecia a vítima e optou por permanecer em silêncio.
Ferreira foi denunciado por homicídio qualificado pelo motivo fútil e com recurso que dificultou a defesa da vítima. O julgamento estava previsto para começar às 9h desta quinta-feira, no Fórum de Araçatuba.