O Tribunal do Júri de Araçatuba (SP) se reúne na próxima quinta-feira (13), para o julgamento de Ronaldo Carlos Pereira Júnior, acusado de tentar matar a facadas uma garota de programa que havia sido contratada para passar a noite com ele.
O crime aconteceu em 29 ulho de 2020 e a vítima recebeu pelo menos dez golpes de faca. O réu foi denunciado por homicídio tentado qualificado pelo emprego de meio cruel e com recurso que dificultou a defesa da vítima. Ele aguarda julgamento preso.
Segundo a denúncia, Pereira Júnior combinou um programa sexual com pernoite com a vítima e foi até à casa dela, no bairro Água Branca, em 28 de julho. Ao acordar na manhã seguinte, a mulher foi tomar banho em um cômodo ao lado. O réu telefonou para ela, querendo saber onde ela estava e, quando a mulher retornou para o quarto, Pereira Júnior alegou que estava com fome e foi até à cozinha.
Facadas
Ele retornou armado com uma faca e surpreendeu a vítima, passando a agredi-la com pontapés, chutes e socos, além de desferir as facadas. A vítima conseguiu pedir ajuda e foi socorrida por vizinhos que ouviram os gritos e foram até à casa dela.
O réu tentou fugir, mas foi contido e imobilizado pelas testemunhas até a chegada dos policiais militares, que o prenderam em flagrante. Ainda de acordo com a denúncia, a mulher teve ferimentos na região cervical, na cabeça, no rosto, na mama direita e no braço esquerdo, que teve inclusive a mobilidade comprometida.
Contratada
Ouvida em juízo, a vítima confirmou que foi contratada por R$ 450,00 para passar a noite com o réu e que após tomar banho, na manhã seguinte, foi surpreendida por ele, que retornou da cozinha armado com a faca.
De acordo com ela, Pereira Júnior colocou a faca no pescoço dela, a mão no nariz e passou a agredi-la e esfaqueá-la, chegando inclusive a arrancar um dente dela. Durante as agressões, a vítima ofereceu dinheiro a ele, para que parasse. Ela contou nem chegou a cobrar o pagamento pelo programa e que o réu não queria roubá-la, mas não sabe porque passou a esfaqueá-la.
Ainda de acordo com a mulher, após os ataques Pereira Júnior sentou-se na frente dela e falou que se fizesse uma transferência em dinheiro para ele, chamaria o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) para socorrê-la. Ele teria permanecido cerca de cinco minutos sentado na frente dela, até que os vizinhos arrombaram o portão e ele tentou fugir, mas foi preso.
Silêncio
Ao ser ouvido em juízo o réu optou por permanecer em silêncio e a defesa alega que não há provas suficientes sobre a autoria do crime. O julgamento está previsto para começar às 9h, no Fórum de Araçatuba.