O Tribunal do Júri de Araçatuba (SP) condenou Allison Rogério dos Santos, o “Ziquinha”, a 6 anos, 5 meses e 23 dias de prisão, por ter assassinado Adenildo da Silva, 38, o “Baiano”, utilizando uma arma furtada.
A pena é referente ao homicídio e ao crime de receptação, porém, durante o julgamento, nesta quinta-feira (11), os jurados acataram as teses comuns do Ministério Público e da defesa e reconheceram o homicídio privilegiado por relevante valor moral e receptação.
Crime
Conforme divulgado, Baiano foi assassinado com 12 tiros na tarde de 2 de dezembro de 2021, no bairro Alvorada. A investigação apurou que o homicídio foi praticado após ele ter invadido a casa da mãe de Ziquinha, passado as mãos sobre o corpo dela e furtado o celular dela.
Sabendo do ocorrido, o réu procurou o autor do furto, pois o conhecia, e pediu que devolvesse o aparelho. Como o pedido foi recusado, ele foi embora, mas retornou e abordou Baiano novamente no cruzamento da rua Uruguaiana com a Xavier de Toledo.
Ziquinha voltou a pedir que devolvesse o celular, houve nova recusa e, diante disso, ele sacou a arma e fez vários disparos, sete deles contra a cabeça da vítima e cinco no tronco.
Arma furtada
O réu foi identificado pela DH/Deic (Delegacia de Homicídios da Divisão Especializada de Investigações Criminais) como autor dos disparos e confessou ter assassinado Baiano. Ao apresentar a arma utilizada no crime, uma pistola calibre 380, foi constada que ela havia sido furtada em 22 de maio de 2016, em Osvaldo Cruz.
O réu foi denunciado por homicídio e por receptação, mas durante o julgamento, promotor de Justiça Adelmo Pinho pediu que fosse reconhecido o homicídio privilegiado por relevante valor moral, o que reduz a pena, e receptação.
Já a defesa, feita pela advogada Ana Paula de Albuquerque Alanis, e pelo advogado Giovani Lima Soto, também pediram o reconhecimento do homicídio privilegiado por relevante valor moral.
Condenado
Os jurados acataram os pedidos e a sentença foi proferida pelo juiz Carlos Gustavo de Souza Miranda, que presidiu o julgamento. A pena é de 1 ano, 11 meses e 10 dias pela receptação e mais 4 anos, 6 meses e 13 dias pelo homicídio privilegiado.
Foi determinado o regime inicial fechado para início do cumprimento da pena, sem direito de recorrer em liberdade. Ziquinha aguardava julgamento em liberdade com relação a esse processo, mas estava preso por outro processo, pelo crime de tráfico de drogas. O Ministério Público já informou que não pretende recorrer da decisão.