O Tribunal do Júri de Araçatuba (SP) se reúne nesta quinta-feira (30), para o julgamento de Willian dos Santos Silva, conhecido como Willinha, pelo assassinato de Rafael Augusto da Fonseca, 39, crime ocorrido em 11 de fevereiro de 2024, no bairro Chácaras Versalhes.
Segundo a denúncia do Ministério Público, o crime foi motivado por vingança, já que um dia antes, a vítima teria agredido o pai de Willinha.
Ainda de acordo com a denúncia, em 10 de fevereiro de 2024, Rafael foi com o filho dele, então com 9 anos de idade, a um salão de cabeleireiro na rua Carlos Berguer, no bairro Verde Parque. No local, ele teria presenciado um acidente de trânsito causado pelo pai de Willinha, que estaria conduzindo um veículo, após ingerir bebida alcoólica.
Na ocasião, Rafael teria tentado conversar com o pai do réu, que teria se irritado e partido para cima dele, que revidou e o agrediu, provocando lesões. Ao saber do ocorrido, no dia seguinte Willinha teria comprado um revólver calibre 38 para vingar o pai.
Tiros
Naquela manhã, ele foi até à casa da vítima e a chamou, dizendo que queria conversar. Porém, quando Rafael apareceu, foi surpreendido pelo réu, que sacou o revólver e passou a fazer disparos na direção dele.
Apesar de ter sido atingido por um dos disparos na região do tórax, Rafael conseguiu correr para dentro de casa, mas foi acompanhado e baleado mais duas vezes, pelas costas. Após o crime e autor fugiu e a vítima foi socorrida por vizinhos.
Segundo a denúncia, com base no inquérito policial, antes de morrer, Rafael disse repetidamente “Verde Parque, Verde Parque”, que seria uma referência à briga ocorrida um dia antes com o pai do réu, que seria a motivação do crime.
Confessou
Ainda de acordo com a denúncia, durante o inquérito, a Polícia Civil recebeu a informação, por meio do Disque-Denúncia 197, de que Willinha seria o autor do homicídio. Ele foi intimado a prestar declarações e confessou ter matado Rafael.
Questionado sobre onde estaria a arma utilizada no crime, o réu alegou que a teria devolvido o revólver para o proprietário, mas não quis revelar a identidade dessa pessoa.
Denunciado
Laudo do exame necroscópico apontou que a vítima foi ferida por três disparos de arma de fogo e morreu em função dos ferimentos. Willinha foi denunciado por homicídio qualificado pelo recurso que dificultou a defesa da vítima e, em juízo, negou a autoria do crime.
Porém, a Justiça considerou que era caso de pronunciá-lo para julgamento pelo Tribunal do Júri, sem direito a aguardar pelo julgamento em liberdade. Esse julgamento está previsto para começar às 9h e será realizado no Fórum de Araçatuba.