Justiça & Cidadania

Acusado de desmaiar policial feminina com soco no rosto em Araçatuba vai a Júri Popular nesta quinta

Denunciado por homicídio tentado qualificado pelo recurso dificultou a defesa da vítima e contra policial militar no exercício das funções; também responde por danificar a viatura
Lázaro Jr.
13/08/2025 às 21h59
Crime aconteceu na noite de 14 de julho de 2022, na rua Vicente de Carvalho (Foto: Divulgação) Crime aconteceu na noite de 14 de julho de 2022, na rua Vicente de Carvalho (Foto: Divulgação)

David William Costa, 30 anos, será julgado pelo Tribunal do Júri de Araçatuba (SP) nesta quinta-feira (14), por ter agredido uma policial militar feminina, que desmaiou e bateu a cabeça no chão após ser agredida com um soco no rosto. Ele também teria tentado pegar a arma dela.

 

O réu foi denunciado por homicídio tentado qualificado pelo recurso dificultou a defesa da vítima e contra policial militar no exercício das funções, além de dano, já que danificou a viatura quando era levado para o hospital.

 

Segundo a denúncia o crime aconteceu na noite de 14 de julho de 2022, na rua Vicente de Carvalho, bairro residencial Toyokazu Kawata. Os policiais foram a uma residência para atender ocorrência de violência doméstica.

 

No local, eles foram informados pela vítima que o acusado havia invadido a casa dela e passado a danificar objetos dentro do imóvel, onde residia a namorada dele.

 

Ameaça

 

Quando os policiais chegaram, Costa havia deixado o local. Porém, enquanto a vítima era ouvida, ele ameaçou a namorada de morte por meio de ligação telefônica e a ameaça foi ouvida pela policial feminina.

 

A equipe seguia dando andamento no atendimento à ocorrência quando o réu apareceu e passou a desacatar a policial. Na sequência, ele deu um impulso com o corpo em direção à vítima e a atingiu com um violento soco no rosto, de cima para baixo, fazendo a policial cair e bater a cabeça no chão.

 

Arma

 

Consta na denúncia que na queda, a arma da vítima também caiu e Costa teria tentado pegá-la, mas teria sido impedido pelo colega de farda da vítima, com ajuda de uma testemunha. Eles conseguiram imobilizar o réu, que resistiu e só foi algemado com a chegada de viaturas de apoio.

 

Enquanto era encaminhado ao plantão policial, ele teria quebrado um dos vidros da viatura. A vítima foi socorrida e encaminhada para atendimento médico e precisou de sutura na cabeça. Ela também sofreu lesões no cotovelo, na bochecha e nos lábios.

 

Denúncia

 

Ao oferecer a denúncia, o Ministério Público considerou que a policial só não morreu porque houve a rápida intervenção da testemunha e do policial militar, que impediram Costa de continuar a agredi-la e de se apossar da arma de fogo dela.

 

Além disso, considerou que o crime foi praticado mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, que foi surpreendida enquanto prestava atendimento a namorada do réu.

 

Inconsciente

 

Ao ser ouvida em juízo, a policial relatou que se recordava apenas de ter chegado ao local e conversado com uma moça. De acordo com ela, Costa apareceu pouco tempo depois, ela foi conversar com ele e acordou na Santa Casa no outro dia, sem saber o que tinha acontecido.

 

A vítima confirmou que precisou de sutura na região do crânio, devido ao ferimento sofrido provavelmente com a queda e ficou afastada do trabalho por 10 dias, mas não possui sequela física decorrente da agressão sofrida. Porém, após o ocorrido passou a ter crises de ansiedade e precisou passar por terapia com psicólogos.

 

Não se lembra

 

Já o réu alegou em juízo que não se recordava dos fatos, que teria ingerido bebidas alcoólicas e feito uso de cocaína naquele dia. Além disso, pela manhã havia tomado medicamentos controlados.

 

Ele contou ainda que queria conversar com a ex-namorada, segundo ele, pois estaria separado e já teria aceitado o fim do relacionamento, mas ela ficaria mandando mensagem para ele, por isso foi à casa dela de moto.

 

O julgamento está marcado para as 9h, no Fórum de Araçatuba.

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