Acusado de cortar pescoços de casal em Birigui vai a julgamento na próxima quinta

Está marcado para a próxima quinta-feira (13) no Fórum de Birigui (SP), o julgamento pelo Tribunal do Júri de Washington Elias Reliquias de Souza Sarmento, 30 anos, pelo assassinato de Jimmy Pereira da Silva, 21, e Caroline Batista Froes, 22.

As vítimas morreram após terem os pescoços cortados com faca, na madrugada de 23 de novembro de 2023, na residência onde o réu morava com Kathlen da Silva Ferreira, 23. Ela também foi denunciada pelo Ministério Público por participação no assassinato e responde pelo crime em liberdade.

O caso teve grande repercussão na cidade, diante da brutalidade. Os corpos das vítimas foram encontrados enrolados em um cobertor, após os autores entrarem em contato com a família por telefone, depois de terem deixado a cidade, informando que elas estavam mortas.

Caso

Conforme divulgado, a investigação da Polícia Civil apontou que Whashington estava em um barzinho em Birigui na noite de 21 de novembro 2023, com a companheira dele, e os dois encontraram Jimmy, que estava acompanhado de Caroline.

Ainda no estabelecimento, o casal decidiu acompanhar os acusados até à casa deles, para passar o resto da noite. Já no imóvel, os quatro teriam feito uso de drogas e ingerido bebidas alcoólicas.

Durante a madrugada, o casal visitante teria dormido na sala e, na versão dos réus, Jimmy teria tentado manter relação sexual com Kathlen, que estava dormindo no quarto, junto com Washington.

Este, para impedi-lo, teria cortado o pescoço de Jimmy utilizando uma faca. Ainda de acordo com a investigação, os réus alegaram que Caroline teria presenciado o crime e ameaçado chamar a polícia, por isso, também teve o pescoço cortado com a faca.

Ocultação

Após os assassinatos, os acusados enrolaram os corpos das vítimas em um cobertor e os colocaram debaixo de um colchão. Eles deixarem o imóvel, que fica nos fundos da casa do pai de Kethlen, e telefonaram para familiares dela, informando que Washington havia matado uma pessoa.

A jovem foi presa dias depois, ao se apresentar na delegacia acompanhada de um advogado. Apesar de ter negado participação nos crimes, ela confirmou que havia fugido com Washington, alegando ter ficado em estado de choque.

O réu foi preso na cidade de Pedro Juan Caballero, no Paraguai, para onde havia fugido, e confessou a autoria dos crimes. 

Denúncia

Washington foi denunciado Ministério Público por duplo homicídio qualificado pelo emprego de meio cruel e recurso que dificultou a defesa das vítimas, além da ocultação do cadáver.

No caso de Kathlen, a polícia considerou que os elementos encontrados no local dos fatos, além de as vítimas não apresentarem ferimentos típicos de defesa, são indícios de que ela teria participado dos assassinatos.

Porém, a Justiça acatou manifestação do Ministério Público, no sentido de que não haveria indícios suficientes da participação da ré nos assassinatos, que deve ser julgada pelo crime de ocultação de cadáver.