O Tribunal do Júri de Araçatuba (SP) condenou a 9 anos, 1 mês e 20 dias de prisão, Jefferson Herrerias Ferreira, acusado de tentar matar com golpes de martelo e golpe de faca, um guardador de carros. O crime aconteceu em 25 de janeiro de 2015, tendo a vítima, com 42 anos na época, sido atacada enquanto dormia, após ter a casa invadida.
O julgamento aconteceu na quinta-feira (27), no Fórum de Araçatuba. Os jurados acataram na íntegra a denúncia do Ministério Público e condenaram o réu por homicídio tentado qualificado pelo motivo fútil e pelo recurso que dificultou a defesa da vítima.
O juiz que presidiu o Júri, Carlos Gustavo de Souza Miranda, levou em consideração os antecedentes do réu na hora de proferir a sentença. Ele determinou o regime inicial fechado para início do cumprimento da pena, porém, deixou de decretar a prisão, concedendo a Ferreira o direito de recorrer em liberdade.
Caso
Segundo a denúncia, réu e vítima eram cuidadores de carros a vítima teria pego três maços de cigarro de Ferreira. Na noite de 24 de janeiro de 2015, os dois se encontraram no cruzamento da rua Duque de Caxias com a avenida Pompeu de Toledo, onde estava em funcionamento uma casa noturna.
Ferreira teria pedido para tomar conta dos veículos estacionados no local, o que foi negado pela vítima. Ele teria ido embora, mas durante a madrugada foi à casa da vítima, teria arrombado a porta e tentado matá-la.
A vítima relatou em juízo que se lembrava apenas de ter ligado a TV e dormido ao chegar em casa, vindo a acordar na Santa Casa, dias depois, pois passou por cirurgia e ficou quatro dias na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) em função dos ferimentos.
Confessou
Ao ser ouvido pela polícia após ser identificado como autor do crime, Ferreira confessou a tentativa de homicídio, sob argumento de que a vítima havia furtado três maços de cigarros, além de não deixá-lo cuidar dos carros que estavam estacionados próximo ao cruzamento da Pompeu com a Duque de Caxias.
Alegou ainda que tomou coragem após ficar bêbado e foi tirar satisfação com a vítima. Na versão dele, os dois teriam discutido dentro da casa antes dele armar-se com o martelo usado no crime.
Por fim, afirmou que após as marteladas ele saiu correndo, deixando o martelo no local, e não mais teria visto a vítima. Já em juízo,o réu afirmou que não conhecia a vítima e optou por permanecer em silêncio.