DJs e produtores musicais iniciantes de Araçatuba (SP) e região se apresentam (muitos pela primeira vez) neste sábado (30), no Centro Cultural Associata, a partir das 21h. Eles são participantes das oficinas do projeto “Embraza: Amplifica” e irão mostrar um pouco do que aprenderam durante as aulas no evento que será aberto ao público, com entrada gratuita.
Além das apresentações musicais, em que os novos DJs e produtores demonstrarão seus talentos, o evento contará ainda uma exposição das fotografias produzidas pelos alunos na oficina de Fotografia para Mídias Sociais.
Como explica a coordenadora do projeto, Amanda Rugiani (DJ RUPIN), a “formatura” será aberta ao público justamente para que os participantes possam vivenciar a experiência real de palco e de exibição de seus trabalhos, colocando em prática o que aprenderam ao longo dos módulos.
Oficinas
As atividades foram realizadas entre julho e agosto e foram oferecidas cinco oficinas gratuitas: Discotecagem, com Rupin; Produção Musical, com Underlow; Fotografia para Mídias Sociais, com Rafaela Cândido; Mídias Sociais e Produção de Conteúdo para Artistas, com Marina Migliorucci; e Criação de Portfólios, com Vinícius Gonçalves. A produção do projeto foi realizada por Amanda e pela produtora Beatriz Gabrielle.
Viabilizado por meio da PNAB (Política Nacional Aldir Blanc) e Ministério da Cultura, com apoio da Secretaria Municipal de Cultura e da Prefeitura de Araçatuba, o “Embraza: Amplifica” surgiu com o objetivo de democratizar o acesso à formação musical e artística para jovens e adultos com idade a partir de 16 anos, moradores em Araçatuba e região, com foco na discotecagem e na produção musical.
Ao todo, foram registradas 88 participações nos 5 módulos, entre alunos de Araçatuba, Birigui, Guararapes e Nova Luzitânia, e até mesmo participantes de Olinda (PE) e Pereira Barreto (SP) na atividade online.
Participantes
A mais jovem dos inscritos é Ana Raquel Da Gama Pereira, 16 anos. Ela, que é influenciadora digital e tem 15 mil seguidores em seu perfil no Instagram, participou de todos os módulos e afirma que decidiu se inscrever especificamente por conta da oficina de fotografia para mídias sociais, mas que gostou de tudo o que viu e ouviu.
“Eu queria aprender coisas novas e ter mais conhecimento. Nunca tinha feito nada do tipo, achei super interessante. Eu me identifiquei mais com mídias sociais e fotografia e acredito que o curso vai me ajudar muito a ter um controle melhor do meu perfil e melhorar o que for necessário”, diz.
A mãe de Ana, Solange da Gama Pereira, sempre incentivou Ana e a irmã dela, Ester, de 21 anos (também aluna do projeto) a participarem de atividades de formação cultural e quaisquer outras que acrescentem conhecimento. Ela afirma ainda que Ana aprecia atividades artísticas e que as aulas foram muito proveitosas para ambas. “Eu sempre falei pra elas que é preciso aproveitar as oportunidades. Tudo o que acrescenta conhecimento é bom”, diz.
Outro participante é Luis Felipe Custódio, 23 anos, que resolveu se inscrever por curiosidade e acabou vendo uma possibilidade profissional. “Nunca tinha feito nenhuma atividade de discotecagem, nem produção. Agora pretendo muito aprimorar o que eu aprendi com os cursos e utilizar isso para otimizar o meu serviço”, comenta.
Balanço
Para RUPIN, o balanço é muito positivo. “A Embraza: Amplifica cumpriu o objetivo de oferecer introdução e oportunidades reais para jovens e adultos de Araçatuba e região, ampliando o acesso à música eletrônica brasileira e à cultura independente. Tivemos grande adesão e engajamento dos alunos e foi muito gratificante acompanhar o aprendizado de cada um”, comenta.
Ela comenta ainda que um ponto a ser ressaltado é que o projeto ajudou a desmistificar algumas profissões. “Muitos alunos nem imaginavam todo o trabalho que existe por trás de cada processo de produção. Eles viram que não é só ‘plug and play’ e que cada detalhe exige dedicação, cuidado e criatividade”, acrescenta.
Para RUPIN, além do aprendizado e do contato com equipamentos profissionais e ferramentas, foi satisfatório ver a rede de apoio que se formou entre os alunos e como eles saíram mais confiantes e motivados para seguir criando e se apresentando.
“Ao final, o Embraza: Amplifica se consolidou como um espaço de formação, articulação e difusão da música eletrônica popular brasileira no interior paulista, criando conexões, fortalecendo redes de apoio e abrindo portas para o futuro artístico e profissional dos participantes”, conclui.