Cotidiano

Vigilância Sanitária segue com investigação após morte de jovem de 18 anos

Foi internada no dia 2 em parada cardíaca e suspeita de intoxicação por metanol, que foi descartada; morte foi comunicada à polícia na noite de quarta-feira
Lázaro Jr.
09/10/2025 às 14h55
Imagem: Divulgação/Ilustração Imagem: Divulgação/Ilustração

A Vigilância Sanitária de Araçatuba (SP) dará sequência à investigação, para tentar identificar a causa da morte da jovem de 18 anos, que foi internada no dia 2 deste mês, com suspeita de intoxicação por metanol. Resultado de exame feito em material coletado dela, descartando a intoxicação, foi divulgado pela assessoria de imprensa da Santa Casa na manhã de quarta-feira (8).

 

De acordo com o que foi apurado pela reportagem, o óbito foi comunicado à polícia na noite de quarta-feira, por um familiar dela. Na comunicação consta que a morte encefálica foi constatada às 9h03.

 

Quando isso ocorre, existe a possibilidade da captação de órgãos para transplante, o que chegou a ser cogitado. Entretanto, de acordo com o que foi apurado pela reportagem, no caso dessa paciente, houve a contraindicação de doação de órgão por sepse, que é a infecção generalizada.

 

Essa confirmação teria ocorrido já no início da noite, quando os aparelhos foram desligados e o corpo liberado para ser encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal), para exame necroscópico que apontará a possível causa da morte, o que ainda é um mistério.

 

Caso

 

Conforme divulgado anteriormente, a jovem deu entrada no pronto-socorro da Santa Casa na manhã da quinta-feira (2), em parada cardiorrespiratória, apresentada pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).

 

Há informação de que a paciente foi submetida a procedimento de reanimação por 27 minutos, inclusive com utilização de desfribilação. Ele teria sido internada em estado de coma, com hiperglicemia e edema cerebral.

 

Ainda de acordo com o que foi apurado pela reportagem, a jovem já teria se queixado de dor de cabeça e teria sofrido um mal súbito em casa, vindo a ser encontrada em parada cardiorrespiratória. 

 

Bebeu

 

Na ocasião, o hospital foi informado por pessoas próximas de que ela havia ingerido bebida alcoólica um dia antes. A primeira informação foi de que ela teria bebido uísque com energético, adquirido em um depósito de bebidas.

 

Diante dos sintomas apresentados e do resultado dos exames, atendendo recomendação do Ministério da Saúde, foi coletado material da paciente para ser encaminhado para exame e a Vigilância Epidemiológica e a Vigilância Sanitária, foram comunicadas da suspeita de possível intoxicação por metanol.

 

Investigação

 

Também existe recomendação da SSP (Secretaria de Segurança Pública) do Estado, de que em casos suspeitos de intoxicação por metanol, a Polícia Civil seja comunicada para tomar providências. Essa comunicação foi feita e a polícia confirmou com a mãe da jovem que ela havia ingerido bebida alcoólica um dia antes.

 

Os policiais identificaram o depósito de bebidas onde ela adquiriu o produto, o responsável pelo estabelecimento confirmou que havia servido uma dose de GIN com energético para a jovem e indicou quem era o distribuidor da bebida. 

 

Em ação conjunta com a Vigilância Sanitária, as garrafas do mesmo lote do GIN que estavam no depósito foram recolhidas e as equipes também localizaram o distribuidor, onde foram encontradas mais garrafas que também foram recolhidas.

 

Na manhã seguinte, uma operação conjunta recolheu mais garrafas da bebida em nove estabelecimentos e o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público instaurou procedimento para investigar o caso.

 

Morreu

 

Na manhã de quarta-feira, a Santa Casa divulgou que exame realizado pela USP (Universidade de São Paulo) de Ribeirão Preto deu negativo para intoxicação por metanol em material coletado da jovem. Horas depois, houve a informação da confirmação da morte cerebral da jovem.

 

A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura na quarta-feira e, no final da tarde, foi informada que a Vigilância Sanitária ainda não havia sido comunicada da morte da paciente. A comunicação aconteceu na manhã desta quinta-feira e, como ainda não se sabe a causa do óbito, o caso seguirá em investigação e pelo órgão.

 

O corpo foi encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal) para exame necroscópico e toxicológico e no início da tarde desta quinta-feira estava sendo preparado pela Funerária Laluce. De acordo com o que foi informado pela empresa, a família ainda não havia decidido se haveria velório em Araçatuba, já que o corpo deve ser transladado para o Estado do Maranhão, onde deve ser enterrado. 

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