Cotidiano

Santa Casa de Araçatuba intensifica ações de combate e prevenção ao câncer de próstata

Ação que faz parte do Novembro Azul deve atingir 150 colaboradores com exames e palestras educativas
Da Redação
03/11/2025 às 15h44
Uma palestras abriu as atividades alusivas ao Novembro Azul na Santa Casa (Foto: Divulgação) Uma palestras abriu as atividades alusivas ao Novembro Azul na Santa Casa (Foto: Divulgação)

Como parte da campanha Novembro Azul, movimento internacional de conscientização sobre a saúde masculina de prevenção e diagnóstico precoce do câncer de próstata, a Santa Casa de Araçatuba (SP) disponibilizou estrutura para oferecer testes utilizados para rastrear o câncer de próstata para os profissionais que trabalham no hospital.

 

A medida deve beneficiar um grupo de 150 colaboradores, incluindo os que estão com 50 anos ou mais, que integram o grupo de risco da doença, e os que estão com mais 45 anos e que possuem histórico familiar de câncer de próstata.

 

A ação faz parte da campanha “Juntos pela Saúde do Homem”, que teve início nesta segunda-feira (3). Ela foi criada pelo Serviço de Urologia para ampliar a visibilidade junto aos colaboradores da instituição, sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de próstata.

 

Palestras

 

As atividades tiveram início com uma palestra ministrada pelos urologistas João Luiz Avanço e Marco Antônio Hirasaki, no anfiteatro. Na terça-feira (4), a palestra será ministrada pela médica Amanda Miyuki Aguiar, às 15h30.

 

Os profissionais abordam tópicos relacionados à função da próstata, fatores de risco, sintomas, diagnóstico precoce e tratamento.

 

Para combater o estigma relacionado aos exames preventivos, a campanha também terá práticas para exercício sobre a importância do rastreio visando diagnosticar a doença na fase inicial, fator que eleva consideravelmente as chances de cura. 

 

Exame

 

O rastreio do câncer de próstata é feito por meio do PSA (Antígeno Prostático Específico), teste de sangue usado para avaliar a saúde da glândula prostática em geral. Os resultados dos exames serão avaliados pelo oncologista clínico Fábio Alexandrino Veloso, que é coordenador do CTO (Centro de Tratamento Oncológico) da Santa Casa.

 

Somente os pacientes que apresentarem índices acima dos normais terão consultas com urologista para exame de toque retal, que é facultativa.

 

Segundo lugar

 

A Santa Casa de Araçatuba é referência de tratamento oncológico para 40 municípios da região e, de acordo com urologista João Avanço, o câncer de próstata é o segundo tipo mais comum entre homens atendidos no CTO, ficando atrás apenas do câncer de pele entre os pacientes masculinos. 

 

Ainda de acordo com o que foi divulgado, atualmente há 259 pacientes em tratamento no CTO e a falta de conscientização sobre o rastreamento anual preconizado pela Sociedade Brasileira de Urologia é comumentre eles. Isso porque, de acordo com o urologista, na maioria dos casos ocorre o diagnóstico tardio. 

 

O grupo se destaca por ter muitos pacientes acima de 70 anos, com comorbidades, fatores que representam risco aumentado à realização de cirurgias. “A tendência é o encaminhamento de pacientes com esse perfil à radioterapia, que é um tratamento efetivo para esse tipo de câncer”, explica.

 

Prevenção

 

Avanço reforça que exames de PSA e toque retal possibilitam a detecção do tumor em estágio inicial e devem ser realizados anualmente a partir dos 50 anos, indo até os 80 anos. O rastreamento é importante porque nos estágios iniciais, a doença não apresenta sintomas.

 

Quando os sintomas aparecem, o paciente apresenta dificuldade para urinar, jato fraco ou interrompido, sangue na urina ou no sêmen, e dor ao urinar ou nos ossos, especialmente na coluna e quadris.

 

O Inca (Instituto Nacional de Câncer) estima que neste ano devem ser registrados 71,7 mil novos casos no Brasil, consolidando a doença como o tipo de câncer mais frequente entre homens, à frente de pulmão e intestino, após o câncer de pele.

 

Esse aumento é atribuído justamente ao envelhecimento da população e à ampliação do acesso a exames, como o PSA e a biópsia prostática, e não a um risco maior de adoecimento.

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