Cotidiano

Santa Casa vai adquirir novo tanque para Usina de Gases Medicinais

Unisalesiano repassará a maior parte do recurso, que permitirá ampliar em 300% a capacidade de armazenamento de oxigênio medicinal
Da Redação
09/07/2025 às 19h14
Tanque atual, com capacidade para 5 mil litros, será substituído por outro de 20 mil litros (Foto: Divulgação) Tanque atual, com capacidade para 5 mil litros, será substituído por outro de 20 mil litros (Foto: Divulgação)

A Santa Casa de Araçatuba (SP) irá receber um aporte de R$ 355 mil do Unisalesiano, para promover a substituição do Tanque Criogênico Vertical. O equipamento é destinado ao armazenamento de oxigênio medicinal para utilização em caso de pane na produção ou distribuição pela Usina de Gases Medicinais do hospital.

 

Segundo a assessoria de imprensa do hospital, o repasse corresponde à cota que a instituição tem direito referente ao Programa Mais Médicos. Ele foi aprovado pela diretoria do centro universitário e pela Secretaria Municipal de Saúde, que integram o colegiado tripartite de deliberação para utilização dos recursos do programa.

 

Ainda de acordo com o que foi divulgado, o pedido do repasse foi apresentado pelo hospital em caráter de urgência, para evitar desabastecimento do insumo, considerado crucial e de uso ininterrupto por pacientes graves.

 

O sistema completo, que inclui vaporizador ambiental e rede de distribuição inoxidável, foi projetado e será executado pela Nitrotec Indústrias Metalúrgicas Ltda. O investimento total é de R$ 425 mil e o hospital fará a contrapartida de R$ 70 mil para complementar. O prazo de entrega dos equipamentos é de 130 dias.

 

Capacidade 300% maior

 

Segundo a Santa Casa, o tanque atual, com capacidade para 5 mil litros, será substituído por outro de 20 mil litros, aumentando em 300% a capacidade de armazenamento de oxigênio medicinal. Com isso, fica assegurada 72 horas de autonomia de fornecimento do insumo em situações de superlotação emergencial ou de pane na usina.

 

Por isso que ele também é chamado de backup, sendo indispensável em caso de superlotações pontuais de pacientes que necessitam de suporte de ventilação. É o que tem ocorrido desde o início deste ano, em vários picos de casos de pacientes graves de doenças relacionadas à SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave).

 

A assessoria do hospital explica que nessas circunstâncias, a produção/hora da usina é insuficiente para atender as demandas, principalmente dos 60 leitos adultos, pediátricos e neonatais das UTIs (Unidades de Terapia Intensiva). “É um fator que representa ameaça à vida de pacientes graves que dependem de suporte de ventilação”, explica o provedor do hospital, Everton Santos.  

 

Superlotação

 

Ao apresentar o plano de trabalho ao Unisalesiano e à Secretaria Municipal de Saúde para aplicação dos recursos, o provedor argumentou que a superlotação de leitos intensivos na Santa Casa é recorrente e independe de surtos ou epidemias. 

 

O hospital, de acordo com ele, enfrenta há vários meses superlotação nas unidades de terapia intensiva, principalmente as voltadas à atenção pediátrica e neonatal, que excedem a capacidade em até 60%.

 

“Diante dos episódios registrados, a equipe técnica identificou a necessidade de reavaliar a capacidade de armazenamento de oxigênio medicinal atualmente disponível, considerada limitada frente às demandas assistenciais do hospital”, explica. 

 

Desgaste

 

Outro fator levado em consideração foi o desgaste do tanque atual, que apresenta corrosão após 14 anos de uso contínuo. Isso, segundo o provedor, reforça a importância de adequações conforme os parâmetros estabelecidos pelas normas vigentes, incluindo aquelas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), que orientam sobre os sistemas centralizados de suprimento de gases medicinais. 

 

A instituição informa que já iniciou estudos para modernização do sistema, com foco na segurança e na eficiência do atendimento.

 

Critérios técnicos

 

O provedor da Santa Casa reforça que trata-se de um investimento com impacto altamente assistencial, plenamente justificado por critérios técnicos regulatórios e operacionais. Além disso, a proposta se harmoniza perfeitamente com os princípios do SUS (Sistema Único de Saúde) e do Programa Mais Médicos, de acordo com ele. 

 

“A Santa Casa reafirma com esse projeto, seu compromisso com a qualidade, a segurança do paciente e a sustentabilidade do sistema público de saúde”, finaliza.

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