Cotidiano

Santa Casa de Araçatuba oferece serviço de reconstrução mamária

Convênio, que pode ser renovado, prevê a realização de 42 cirurgias em um período de 2 anos, em pacientes do SUS que passaram por tratamento de câncer de mama
Da Redação
10/05/2024 às 12h26
Implantação desse novo serviço é uma etapa importante para a Santa Casa de Araçatuba (Foto: Divulgação) Implantação desse novo serviço é uma etapa importante para a Santa Casa de Araçatuba (Foto: Divulgação)

A Santa Casa de Araçatuba (SP) realizou as duas primeiras cirurgias de reconstrução de mamas em mulheres mastectomizadas durante tratamento de câncer de mama, após assinatura de convênio com o Ministério da Saúde que prevê a realização de 42 cirurgias em um período de dois anos, em pacientes dos 40 municípios da região de Araçatuba.

 

A implantação do novo serviço faz parte da estratégia criada para ampliar o acesso à reconstrução mamária por mulheres com diagnóstico da doença. De acordo com o que foi divulgado, o câncer de mama é a principal doença dentre os 1.800 pacientes que são atendidos em média por mês no CTO (Centro de Tratamento Oncológico) da Santa Casa.

 

Os procedimentos são realizados pelo Serviço de Reconstrução Mamária, que é ligado ao Serviço de Oncologia da Santa Casa de Araçatuba, e coordenado pelo mastologista Caio Saito. Ele explica que nem todas as pacientes que passam por cirurgia oncológica nas mamas precisam fazer a retirada radical do mama.

 

Isso porque, na maioria dos casos é realizada a quadrantectomia, cirurgia que retira apenas parte da mama acometida pelo câncer, com margem de segurança, preservando o restante da glândula mamária. “Sempre que possível priorizamos essa técnica, por ser menos invasiva e com resultados oncoplásticos melhores”, informa.

 

Ainda de acordo com ele, o objetivo sempre é realizar a reconstrução logo após a retirada da mama, para melhorar a autoestima da paciente. “Quando isso não é possível ou contraindicado em decorrência da existência de tumores avançados, a reconstrução é feita de forma tardia”, completa.

 

Procedimento

 

Segundo o que foi divulgado, a reconstrução das mamas é feita por meio da implantação de próteses de silicone e de outras técnicas. Saito afirma que a implantação desse novo serviço é uma etapa importante para a Santa Casa de Araçatuba.

 

“Além do tratamento clínico, terapias e cirurgias, a unidade de saúde passa a disponibilizar também a reconstrução mamária e a devolver qualidade de vida para essas pacientes”, reforça.

 

Contrato

 

A assessoria de imprensa do hospital informa que o contrato com o Ministério da Saúde é temporário, mas poderá ser renovado em 2025, data final para o atendimento de 42 pacientes. Mesmo assim, é considerado um avanço pelo mastologista, que já tinha um projeto de realizar os procedimentos para as pacientes do SUS ao iniciar atividades no CTO há dois anos.

 

Até então, São José do Rio Preto era o centro de referência de cirurgias reparadoras de mamas mais próximo de pacientes da região de Araçatuba.

 

O Serviço de Reconstrução Mamária da Santa Casa atenderá a demanda reprimida e os novos casos de pacientes que, em razão da gravidade da doença, precisaram passar por retirada radical de uma ou das duas mamas.  

 

Reparadora

 

O cirurgião explica que a reconstrução mamária não é uma cirurgia estética, mas sim reparadora e representa uma das etapas importantes das pacientes com câncer de mama, pois devolve a autoestima às mulheres. 

 

“Para nós, enquanto profissional, e para a diretoria da Santa Casa de Araçatuba, é um motivo de orgulho poder oferecer o tratamento integral às pacientes com câncer de mama”, diz o coordenador.

 

Ele comenta que além de eliminar a necessidade de encaminhamentos para outras cidades, o novo serviço posiciona a Santa Casa como referência regional nesse aspecto fundamental do cuidado oncológico. 

 

Alerta

 

A Santa Casa informa que no Brasil e no mundo, o câncer de mama é o tipo mais incidente em mulheres. Em 2023, estima-se que ocorreram 73.610 casos novos da doença. O câncer de mama é também a primeira causa de morte pela doença em mulheres no país.

 

Segundo o hospital, a incidência e a mortalidade por câncer de mama tendem a crescer progressivamente a partir dos 40 anos.

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