Cotidiano

Pacientes que passaram por cirurgia íntima questionam transporte oferecido pela Prefeitura

Apesar dos pontos e da dor, elas foram transportadas de ônibus de Auriflama para Araçatuba
Lázaro Jr.
04/12/2024 às 15h21
Paciente questiona o fato de ter sido transportada de ônibus (Foto: Divulgação) Paciente questiona o fato de ter sido transportada de ônibus (Foto: Divulgação)

Duas pacientes de Araçatuba (SP) que passaram por cirurgia íntima e utilizaram os serviços de transporte oferecido pela Prefeitura, procuraram a reportagem para questionar o fato de terem sido transportadas de ônibus.

 

Elas informaram que o procedimento foi realizado em um hospital na cidade de Auriflama, receberam alta entre os dias 18 e 19 de novembro e o hospital comunicou a Secretaria da Saúde de Araçatuba sobre a necessidade do transporte para buscá-las.

 

Uma das mulheres contou que passou por uma vaginoplastia, que é a cirurgia para reconstruição da anatomia do canal vulvo-vaginal. O procedimento é realizado quando ocorre alguma modificação como parto traumático, afundamento da cicatriz realizada na vagina na altura do parto, relaxamento da musculatura da região e também o rejuvenescimento vaginal.

 

A mulher disse que recebeu alta às 10h do dia 19, o motorista da Prefeitura chegou no hospital às 18h30 e estava de carro. Porém, ele teria dito em tom de deboche que não precisava ficar feliz, porque ela seria transferida para outro carro. “Foi onde nos transferiram para um ônibus todo velho”, conta.

 

Dor

 

Ainda de acordo com a paciente, no trajeto a estrada estava em situação ruim e o ônibus balançava muito. Como estava com pontos em função da cirurgia, a mulher disse que começou a sentir dor, informou o motorista, mas ele teria dito que não poderia fazer nada, pois atendia ordens da secretaria.

 

Por fim, a paciente afirma que teve muita dificuldade ao subir no ônibus, que após uma hora de viagem, quando chegaram em Araçatuba, estava chovendo e ela teria sido deixada sozinha, em uma rua escura. "Só achei muito descaso da Prefeitura. Tinha paciente que foi só passar por consulta e voltou de carro, enquanto eu com ponto e a outra pessoa também, tivemos que vir de ônibus", comenta a paciente.

 

Vaga disponível

 

Procurada, a assessoria de imprensa da Prefeitura informou que a Secretaria de Saúde foi informada pelo hospital de Auriflama às 10h50 do dia 19 sobre a alta das pacientes e, naquele dia, havia um ônibus em Jales com vaga disponível para trazê-las.

 

“Tendo em vista que o hospital informou que elas poderiam vir sentadas, bem como a dificuldade de veículos devido ao fato de termos vários carros viajando naquele dia, realizar a alta utilizando o ônibus que estava em Jales era a melhor alternativa naquele momento. Por esse motivo, decidimos desta forma”, informa a nota.

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