Já está em operação o novo sistema de geração de ar comprimido medicinal produzido por uma das centrais que integram o complexo da Usina de Geração de Gases da Santa Casa de Araçatuba (SP).
Esse complexo, é responsável para garantir os insumos essenciais aos quase 320 mil procedimentos médico-hospitalares realizados por ano, é composto pela Usina de Oxigênio, implantada em 2001 e modernizada em 2019, e que produz 120 m³/h. de O?; pela central de vácuo clínico, modernizada em 2023, quando passou a fornecer 150 m³/h.; e a nova central de gases.
Cabe à central de gases medicinais fornecer ar comprimido de altíssima pureza, livre de óleo, impurezas e contaminantes, para aplicações em terapias como ventilação mecânica através de respiradores, anestesias e inalação de medicamentos.
Defasado
Totalmente automatizada, a nova central substitui o antigo sistema composto por compressores a óleo, instalado em 2006, quando entrou operação a torre com 100 leitos, como suporte necessário à expansão do hospital.
O investimento foi necessário porque desde então, o sistema foi superado pela tecnologia que atende às normas vigentes (ABNT 12.188 e RDC 50 ANVISA) para segurança dos pacientes, economia e sustentabilidade.
O moderno sistema de tratamento do ar, composto por resfriadores, filtros coalescentes, secadores de refrigeração e adsorção, garantem a retenção e eliminação de poluentes e contaminantes contidos no ar atmosférico e a geração de um ar de elevadíssima pureza e qualidade.
Mudança de paradigma
Para o provedor da Santa Casa de Araçatuba, Éverton Santos, o investimento não é apenas uma adequação às normas mais recentes, mas uma mudança de paradigma na infraestrutura hospitalar.
De acordo com ele, além de reduzir os custos de manutenção e o consumo de energia elétrica, a nova tecnologia eleva a confiabilidade do sistema, considerado vital aos pacientes atendidos em áreas críticas como UTIs (Unidades de Terapia Intensiva), centro cirúrgico e pronto-socorro.
Ainda de acordo com ele, o novo sistema está adequado para suprir as demandas atuais do hospital e capacitado para o aumento nos atendimentos projetado para os próximos cinco anos. “É uma inovação silenciosa, mas de grande impacto: o paciente talvez não perceba diretamente, mas sente os efeitos de um hospital mais seguro, sustentável e preparado para o futuro”, afirma.
Santos acrescenta que cada avanço técnico implantado traduz o compromisso da Santa Casa com a excelência e a responsabilidade no uso dos recursos que sustentam a missão filantrópica da instituição.
Economia
O sistema da nova central produz os gases medicinais que abastecem 320 pontos do complexo hospitalar foi implantado através de comodato e custará em torno de R$ 100 mil por ano para a Santa Casa. O contrato foi assinado com a Maximize Indústria e Comércio, empresa especializada, presente no mercado há 25 anos, período em que atendeu mais de 100 hospitais e clínicas no País.
Além da locação, a empresa será responsável pelo monitoramento remoto permanente e assistência técnica 24 horas, que junto com a troca de filtros do sistema anterior, custavam R$ 200 mil ao ano para o hospital.
Energia
O coordenador de Infraestrutura Hospitalar, Fagner Marcelo Pires de Camargo, explica que os compressores utilizados possuem tecnologia inverter, sistema que ajusta a velocidade de operação automaticamente em tempo real em relação à demanda. Com isso, o novo sistema deve promover economia no consumo de energia elétrica estimada em 30%.
Para o superintendente da Santa Casa de Araçatuba, Fabiano Ferreira de Paula, a mudança representa mais confiabilidade na produção e fornecimento desses gases para os pacientes e economia real e sustentabilidade para a instituição.
Hospital também terá novo Tanque Criogênico Vertical
A assessoria de imprensa da Santa Casa informa que a modernização da central de gases medicinais é o segundo investimento feito neste ano para otimizar os sistemas que produzem e distribuem ar medicinal para terapias respiratórias e procedimentos cirúrgicos para todo o complexo hospitalar.
Desde julho está em andamento a estruturação do projeto para substituição do Tanque Criogênico Vertical, unidade de armazenamento de oxigênio líquido. A reserva assegura ar medicinal aos leitos, por um período de até 72 horas, para utilização em caso de pane na Usina de Oxigênio que o hospital possui para abastecer o complexo.
O novo tanque, que está sendo preparado pela indústria para ser instalado no hospital, terá capacidade de armazenar 20 mil litros de oxigênio liquido, o que representa aumento de 300% em relação aos 5 mil litros do tanque atual.
O novo sistema obedece as normas que disciplinam a atividade e deve dar ao hospital a estrutura necessária para atender o crescimento futuro das demandas de atendimento. Para a aquisição do novo tanque, o Unisalesiano está investindo R$ 355 mil, através do Programa Mais Médicos.