Cotidiano

Menos de 3% do lixo domiciliar produzido em Araçatuba é separado para reciclagem

Prefeitura tem como meta ampliar para pelo menos 5% de resíduos reciclados até o final deste ano
Da Redação
21/05/2025 às 10h31

Apesar de contar com coleta seletiva em todos os bairros da cidade, com dias e horários fixos para o recolhimento porta a porta, Araçatuba (SP) registra menos de 3% do lixo domiciliar separado para reciclagem, segundo a Secretaria Municipal de Meio Ambiente. O número preocupa a Pasta, que para começar a mudar essa realidade, tem como meta elevar para pelo menos 5% do lixo domiciliar separado, até o final deste ano. 

 

Segundo o que foi divulgado, entre janeiro de 2023 e abril de 2025, foram recolhidas mais de 150 mil toneladas de resíduos em Araçatuba, das quais, apenas 3.500 toneladas tinham potencial de reaproveitamento. Como não houve a separação na origem, o restante foi enviado direto para o aterro sanitário municipal.

 

Ao propor a meta de elevar esse número, a administração municipal leva em consideração que a coleta seletiva em Araçatuba estaria com estrutura consolidada e acesso facilitado em todos os bairros. Além da coleta seletiva, que abrange todos os bairros da cidade, existem os PEVs (Pontos de Entrega Voluntária), instalados na Secretaria de Meio Ambiente e no CTR (Centro de Tratamento de Resíduos), na estrada do Cafezópolis. Há ainda cinco ecopontos distribuídos pela cidade, os quais passaram a funcionar 24 horas na atual administração. 

 

Participação

 

Em nota a secretária municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Luciane Bueno, afirma que a estrutura existe, mas ainda é pouco utilizada ou conhecida. Ela argumenta que sem a participação da população, o sistema não se sustenta. 

 

Luciane comenta ainda que a coleta seletiva não pode ser vista como algo distante do cotidiano, sendo um hábito que começa em casa e precisa ser exercitado por todos. “Quando reciclamos, evitamos desperdício, geramos renda e, principalmente, prolongamos a vida útil do nosso aterro”, afirma. 

 

Segundo a Prefeitura, um dos principais entraves à reciclagem é a mistura de resíduos, já que materiais recicláveis sujos ou misturados ao lixo orgânico, perdem o valor. Ao serem enviados para o aterro, isso aumenta os custos de operação e sobrecarrega o sistema.

 

Reciclagem

 

A administração municipal reforça que esse ciclo poderia ser evitado com pequenas atitudes diárias, como separar papel, plástico, metal e vidro em sacos limpos e identificados. Hoje, os resíduos recicláveis que são separados e coletados pelos caminhões da coleta seletiva são levados ao CTR.

 

Lá eles passam por triagem feita por trabalhadores da CooperAraçá. Atualmente são 14 cooperados, a maioria mulheres, que dependem da separação correta para garantir renda e manter o trabalho funcionando. Além do valor comercial dos materiais, a triagem colabora para reduzir o volume de lixo enviado ao aterro, impactando diretamente na durabilidade da estrutura e nos custos com destinação final.

 

Mobilização

 

A Prefeitura argumenta que para que o sistema funcione de forma eficiente, todos os setores, do poder público aos moradores, precisam estar engajados. Com relação ao poder público, além do trabalho da Secretaria de Meio Ambiente, a Sosp (Secretaria de Obras e Serviços Públicos) é responsável pela gestão e fiscalização do contrato de coleta.

 

Em nota, o secretário municipal de Obras e Serviços Públicos, Constantino Vourlis, reforça que a estrutura já está consolidada e é hora de fortalecer a participação popular. “A coleta seletiva já está implantada em todos os bairros. Agora, é preciso que os moradores façam sua parte. A reciclagem é uma responsabilidade de todos”, reforça.

 

Mais informações sobre a coleta seletiva em Araçatuba estão disponíveis no site, por meio deste link

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