A GS Inima Samar anuncia neste domingo (21), em que se comemora o Dia da Árvore, que já foram plantadas mais de 7,4 mil mudas de espécies nativas às margens do ribeirão Baguaçu, manancial responsável por 50% da captação de água que abastece Araçatuba (SP). Porém, desde a nascente em Bilac até a foz no rio Tietê, ele também é utilizado pela agricultura e indústrias da região.
O reflorestamento faz parte do compromisso firmado após o lançamento do estudo “Segurança Hídrica no Ribeirão Baguaçu”, em 2022, de plantar 10 mil mudas de árvores para recuperar parte da mata ciliar do manancial, que é o principal responsável pelo abastecimento de água da cidade.
Segundo a concessionária, o plantio foi dividido em etapas e feito em uma área total de 4,89 hectares. Para concluir o projeto, ainda prevista a implantação de uma quarta etapa, em área de 2,56 hectares, com estimativa de 2.560 mudas, até o final deste mês.
Dificuldades
A GS Inima Samar informa que o projeto de reflorestamento foi iniciado em 2024 e avançou mesmo diante de desafios importantes, como o período de estiagem e a complexidade na obtenção de autorizações de proprietários ribeirinhos para o uso das áreas destinadas ao plantio.
As três etapas já concluídas do Projeto Ribeirão Baguaçu, totalizando 4,46 ha e 7.440 mudas, correspondem a aproximadamente 77% do total previsto de 10.000 mudas.
Em nota, o diretor-técnico da GS Inima Samar, Eduardo Caldeira, comenta que o objetivo é colaborar para a recomposição da vegetação ciliar e proteger as margens do Baguaçu, tão importante para o abastecimento de Araçatuba. “Essa ação fortalece o curso do ribeirão até a chegada na nossa estação de tratamento”, explica.
Estudo hídrico
A reportagem acompanhou a apresentação do estudo hídrico, em evento que reuniu as prefeituras de Araçatuba, Birigui, Coroados e Bilac, cidades por onde passa o ribeirão. O levantamento apontou que no território de mais de 50 mil hectares em que está inserida a sub-bacia hidrográfica do ribeirão Baguaçu, restam apenas 4% da vegetação nativa.
Além disso, 75% das APPs (Áreas de Proteção Ambiental) onde estão o manancial e seus afluentes estão degradadas. Para repor a cobertura vegetal suprimida, será necessário o plantio de quase quatro milhões de mudas de árvores.
Ainda de acordo com o que foi divulgado, o estudo apontou redução de 18% do volume as chuvas em 2020, se comparada à média histórica registrada entre 1984 e 2020, contra a crescente demanda pela disponibilidade de água.