Cotidiano

Fogo de propriedade vizinha derrubou árvore em terreno de restaurante em Birigui

Estabelecimento está desativado, de acordo com o proprietário; Polícia Militar Ambiental descartou crime
Lázaro Jr.
08/01/2025 às 19h19

A árvore que estava sendo cortada e que foi alvo de questionamentos por parte de moradores no bairro que passa pela rodovia Senador Teotônio Vilela, em Birigui (SP), caiu após ter o tronco queimado.

 

A espécie de grande porte fica no terreno de um restaurante, que segundo o proprietário, está desativado há mais de um ano. A reportagem esteve no local no início da tarde desta quarta-feira (8), quando ainda saía fumaça do tronco da árvore. 

 

Após publicação de matéria sobre a preocupação dos vizinhos devido ao corte, o empresário entrou em contato com a reportagem e explicou que não tinha nenhuma relação com o fato, apesar de a árvore estar em um imóvel pertencente a ele. Inclusive, o imóvel dele teve o muro danificado.

 

Denúncia

 

Na matéria, foi informado sobre a preocupação dos moradores, que relataram que na noite anterior, a árvore, que seria uma figueira, teria sido incendiada, colocando em risco imóveis vizinhos. Eles disseram ainda, que durante o suposto corte, galhos teriam atingido a rede de cabos de fibra ótica, suspendendo o serviço de internet.

 

Após receber a denúncia, a reportagem procurou a assessoria de imprensa da Prefeitura de Birigui, que informou que havia sido solicitada autorização para poda de árvores nesse endereço.

 

Ainda de acordo com o município, um servidor esteve no local, avaliou a situação comunicou a Polícia Militar Ambiental, para apurar possível crime ambiental. Ainda durante a tarde de terça-feira foi enviada mensagem no celular do restaurante, mas não houve resposta até as 18h51, quando foi feita a publicação.

 

Fogo

 

Após a publicação da matéria, o responsável pelo terreno do restaurante desativado procurou a reportagem e explicou que a queda da árvore teria sido consequência de um incêndio que havia começado em um imóvel vizinho, o qual veio a invadir a propriedade dele e atingir o tronco dela.

 

Ele explicou ainda que ao perceber o incêndio acionou os bombeiros, que estiveram no local. O empresário comentou ainda, que dias antes havia solicitado à Prefeitura autorização para a poda dessa árvore, pelo risco de queda de galhos em função dos frequentes temporais que ocorrem nesta época do ano.

 

Vizinho

 

Diante da informação de que o incêndio que teria atingido a árvore teria se iniciado no terreno vizinho, a reportagem esteve no local no início da tarde desta quarta-feira. O responsável pelo imóvel estava presente e informou que a Polícia Militar Ambiental havia passado pela manhã e a situação estava esclarecida.

 

Ele afirmou que não colocou fogo no terreno, mas confirmou que realmente houve um incêndio na propriedade e que as chamas teriam passado por baixo do muro e chegado ao tronco da árvore, que caiu. Ele disse ainda que esta árvore estaria seca, que outro galho havia caído sobre o muro da propriedade recentemente e que, por ela não ser nativa, poderia ser erradicada.

 

Advertência

 

A reportagem procurou a Polícia Militar Ambiental, que confirmou que equipes estiveram no local da queda da árvore na manhã desta quarta-feira, após denúncia referente a corte de árvores.

 

Segundo o que foi informado, foi constatado que a árvore que caiu é do tipo Falsa Seringueira, que é uma espécie exótica. Também teria sido apurado no local que o incêndio que atingiu o tronco da árvore não teria sido proposital, assim, não constituiu crime.

 

Entretanto, no momento da visita estava sendo utilizada uma motosserra para cortar os troncos da árvore, que seguiam caídos na rua quando a reportagem esteve no local. A pessoa que fazia o corte não possui LPU (Licença de Porte e Uso) do equipamento.

 

Por isso, foi lavrado um auto de infração ambiental, com penalidade de advertência, e foi feita a apreensão da motosserra, segundo a Polícia Militar Ambiental. O equipamento permanecerá depositado na sede pelotão, até a realização do atendimento ambiental relacionado ao caso. “ Não há providências penais”, finaliza a nota.

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