A Santa Casa de Araçatuba (SP) inovou ao lançar o projeto "Prontuário afetivo", iniciativa que tem como objetivo transformar a interação entre pacientes, familiares e profissionais de saúde. A iniciativa foi aceita para publicação na rede HumanizaSUS , vinculada ao Ministério da Saúde.
O projeto foi desenvolvido por equipe multidisciplinar liderada pelo médicos intensivistas Fábio Bombarda e Luiz Claudio Lima e pelas enfermeiras Cybelle Aparecida Pimentel Gualberto e Rosi Mara de Castro Borges.
Segundo o que foi divulgado, ele visa aprimorar a humanização no atendimento aos pacientes da UTI-1 (Unidade de Terapia Intensiva) Adulto (fase de testes. O "prontuário afetivo" valoriza aspectos pessoais e humanos dos pacientes, indo além das informações clínicas tradicionais.
Em nota, Bombarda explica que a iniciativa reflete o compromisso da Santa Casa com a excelência clínica e com o cuidado integral do ser humano, considerando seus valores, histórias e preferências individuais. "Estamos orgulhosos de liderar esse movimento. A empatia e o cuidado personalizado podem andar de mãos dadas com a excelência técnica em saúde", declara.
Metodologia
Na prática, o prontuário incorpora informações sobre os gostos pessoais do paciente como hobbies, música favorita, comida predileta, entre outros. Há ainda um espaço dedicado para "mensagens da família", que ajudam a fortalecer o suporte emocional ao paciente. O preenchimento das informações é feito com canetas hidrográficas coloridas, para tornar o processo mais lúdico e pessoal.
Para a coordenadora da UTI, enfermeira Cybelle, o projeto aproximou a equipe dos pacientes. "Foi muito bom e muito prático para a gente trabalhar esse lado mais humanizado, esse convívio harmonioso com o paciente. Nós também interagimos com a família. É um processo bem especial", diz.
Humanização
O médico intensivista Luiz Claudio Lima acrescenta que o projeto representa um amadurecimento da medicina, que não abre mão da tecnologia e do progresso da ciência, mas abre uma porta para o lado humano. “A medicina, além de uma ciência, é também uma arte", afirma.
Ainda de acordo com ele, familiares e alunos de medicina se emocionam ao compartilhar e descobrir as histórias de vida dos pacientes com esse acolhimento e uma conexão mais profunda.