Saúde & Bem-Estar

Cerca de 80% dos pacientes atendidos na Santa Casa de Araçatuba com infarto agudo no miocárdio têm colesterol alto

Dados reforçam a importância da prevenção e controle
Da Redação
08/08/2024 às 11h11
A médica cardiologista Monize Gonçalves do Nascimento atua na UTI coronariana do hospital (Foto: Divulgação) A médica cardiologista Monize Gonçalves do Nascimento atua na UTI coronariana do hospital (Foto: Divulgação)

Neste dia 8 de agosto é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Colesterol, data fundamental para conscientizar a população sobre os riscos do colesterol alto e a importância de manter níveis saudáveis de gordura no sangue. 

 

Dados da Santa Casa de Araçatuba (SP) mostram que cerca de 80% dos pacientes atendidos pós-infarto agudo do miocárdio, tanto no hospital quanto no ambulatório, são portadores de colesterol alto, somado a outros fatores de risco.

 

A médica cardiologista Monize Gonçalves do Nascimento, que atua na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) coronariana do hospital, atende em média de 30 pacientes por dia.

 

O que é?

 

Ela explica que o colesterol é um conjunto de gorduras necessárias para o nosso organismo exercer determinadas funções, como a produção de alguns hormônios, de sais biliares e interferir no metabolismo de vitaminas lipossolúveis, como a vitamina D, a vitamina E e a vitamina K.

 

A cardiologista informa que há basicamente dois tipos de colesterol mais conhecidos: o HDL, considerado colesterol bom, e o LDL, denominado colesterol ruim. E, de acordo com ela, pouco mais de 50% do colesterol presente no organismo provém da síntese endógena, ou seja, o próprio corpo que o produz. O restante vem da dieta.

 

Monize alerta que quando há um desequilíbrio no organismo, o colesterol se transforma em um grande fator de risco para doenças cardiovasculares, aumentando a incidência de acidente vascular cerebral, morte súbita e doença coronariana, como infarto agudo do miocárdio.

 

Risco

 

A cardiologista aponta como principais fatores de risco para o aumento do colesterol no sangue o sedentarismo, consumo excessivo de alimentos gordurosos e de carboidratos, obesidade e hereditariedade.

 

“O aumento do colesterol de forma desequilibrada leva a uma alteração nas paredes dos vasos sanguíneos, conhecida como aterosclerose, que implica diretamente no aumento de eventos cardiovasculares”, explica.

 

Ela revela que dados da Santa Casa de Araçatuba mostram que a grande maioria dos pacientes atendidos em urgências e emergências na UTI Coronariana e no pronto-socorro é sedentária, com aumento de peso corporal, tabagista, hipertensa e diabética. “Uma grande porcentagem desses pacientes tem ou já teve familiares com eventos de doenças cardiovasculares prévios” , acrescenta.

 

Prevenção

 

Para combater esse cenário preocupante, a especialista reforça a importância de manter um estilo de vida saudável, com prática de atividade física regular, seja musculação ou atividade aeróbica como caminhada, bicicleta ou corrida; ter uma alimentação rica em frutas, verduras e legumes, evitando alimentos ultraprocessados, elementos congelados ricos em gorduras saturadas e gordura trans.

 

Por fim, ela recomenda a realização de check-ups anuais com o objetivo de identificar alterações sanguíneas nos níveis de colesterol e iniciar imediatamente o tratamento adequado para evitar a ocorrência de doenças cardiovasculares.

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