7º mutirão de catarata e pterígio faz 118 cirurgias na Santa Casa de Araçatuba

Cento e dezoito pacientes foram atendidos no sétimo mutirão de cirurgias de catarata e pterígio, realizado entre quinta e sexta-feira (11) pela Santa Casa de Araçatuba (SP), pelos oftalmologistas Pablo Sartori Bosco, Heitor de Heitor Duarte e Saulo Sartori Bosco. 

Segundo a assessoria de imprensa do hospital, 80 pacientes passaram por cirurgia de catarata. O procedimento substitui o cristalino do olho, que fica opaco, por uma lente intraocular artificial. O problema acomete principalmente pessoas idosas. Os pacientes atendidos foram encaminhados pelas secretarias municipais de Saúde de Araçatuba, Birigui, Turiúba, Auriflama e Guararapes, entre outras cidades.

O aposentado Joel Roberto da Silva, 71 anos, de Birigui, passou pelo procedimento na quinta-feira e comemorou a possibilidade de ficar livre do embaçamento que atrapalha a visão. Ele havia passado recentemente por transplante de córnea no olho direito, devido a uma úlcera que comprometeu a visão.

Grupos

Nos sete mutirões realizados pela Santa Casa neste ano, foram realizados 700 procedimentos, sendo 490 cirurgias de catarata e 210 cirurgias de pterígio. Outros cinco mutirões devem ocorrer até dezembro.

Os pacientes são divididos em dois grupos, sendo realizados em média 43 cirurgias no período da manhã e 20 no período da tarde. A ação mobiliza dezenas de profissionais em equipes multidisciplinares e duas salas do Bloco Cirúrgico.

Segundo a assessoria de imprensa do hospital, esses mutirões estão agilizando o fluxo das filas de espera de pacientes de Araçatuba e região. Porém, o oftalmologista Pablo Sartori Bosco informa que as filas para cirurgias de catarata ainda são muito grandes. 

Demanda

A catarata é uma preocupação de saúde pública e uma das principais causadoras de cegueira no mundo, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde). Comum entre os idosos, ela também está sendo diagnosticada antes da faixa etária de 50 anos. “A doença compromete a qualidade de vida e até atividades simples, porém significativas, para as pessoas”, define o especialista.

De acordo com Pablo, o envelhecimento da população é um dos fatores de crescimento da demanda e aumento das filas. O procedimento dura em torno de 15 minutos e o tempo de pós-cirúrgico e da recuperação da visão depende do grau de cada catarata. "Quanto mais avançada a catarata, mais demorada a recuperação”, explica.

Pterígio

Já o pterígio é uma lesão benigna na superfície do olho, que consiste num crescimento fibrovascular triangular se estendendo da conjuntiva para a córnea, geralmente no lado nasal. Conhecido popularmente como carne no olho, ele pode tapar a visão, por isso, é importante retirá-lo na hora certa, segundo o oftalmologista Saulo Sartori Bosco.

Ainda de acordo com ele, a doença não acomete uma faixa etária específica. Ela ocorre com maior frequência em pacientes que ficam mais expostos aos raios solares, além de o fator genético influenciar muito.

O problema causa vermelhidão nos olhos, os pacientes sentem ardência, coceira, irritação e, em alguns casos mais avançados, uma baixa visual. A cirurgia dura em torno de dez minutos e consiste na retirada da pele e raspagem da área atingida.

“O pós-cirúrgico é um pouco difícil, pois mexemos na córnea que tem muitas terminações nervosas, e o paciente sente desconforto e ardência nos dois primeiros dias. Depois, começa a cicatrização e tudo volta ao normal”, explica Saulo.