Lucas Zanatta assume compromisso de liderar uma conexão entre os municípios pelo desenvolvimento da região

O prefeito eleito de Araçatuba (SP), Lucas Zanatta (PL), assumiu em reunião realizada com prefeitos eleitos na Santa Casa nesta quinta-feira (28), o compromisso de liderar um movimento entre as Prefeituras pelo desenvolvimento regional. Ele considera que essa liderança é natural, já que trata-se da maior cidade e sede da região.

Zanatta comentou que a prioridade hoje é a questão da saúde, porém, convocou os demais prefeitos eleitos da região a formalizarem uma conexão permanente, que poderia ser em forma de um consórcio, para juntos buscarem alternativas inclusive para atração de investimentos, em infraestrutura e em outras áreas.

"Nós vamos ter que pensar muito agora numa regionalização de trabalho e sei que nós vamos ter que tomar frente disso, não tenho problema nenhum em fazê-lo. Não entrei na política para passear, a responsabilidade é muito grande", disse.

União

Ele chamou a atenção para a falta de união entre os municípios da região, que é a segunda mais pobre do Estado. E citou como exemplo, o fato de ter sido o candidato a deputado mais votado na região em 2022, e não ter sido eleito, justamente devido a essa falta de união.

"Nós não somos parceiros de nós mesmos, nós temos uma cultura igual, nossas famílias transitam, porque eu tenho parentes em Ilha Solteira, eu tenho parentes em Guarapes, eu tenho parentes em Andradina, mas na hora de unir forças, isso não temos, porque é uma questão cultural", comentou.

Ainda de acordo com o prefeito eleito de Araçatuba, a região precisa ter uma estratégia e buscar ter essa representatividade. Ele citou como exemplo, a emenda parlamentar que conseguiu para a Santa Casa de Araçatuba, no valor de R$ 15 milhões, com o deputado federal Ricardo Sales (PL-SP), que teve em Araçatuba sua maior votação percapita, de acordo com ele.

Saúde

Com relação à saúde, que considera prioridade no momento, Zanatta comentou que conhece as dificuldades, pois tem o pai e demais familiares que são médicos, mas por estar ainda na fase de transição, por enquanto não tem respostas.

Porém, comentou que é preciso que medidas sejam tomadas de imediato, até porque o hospital regional anunciado pelo governo do Estado para Birigui, que deverá desafogar a Santa Casa de Araçatuba, deve demorar pelo menos três anos para entrar em funcionamento.

Por fim, informou que tem tentado ser uma conexão entre a direção da Santa Casa e o DRS-2 (Departamento Regional de Saúde) para tratar das questões que envolvem o hospital. "Pensem nessa conexão constante, oficializada, e espero no curto prazo, trazer alguma proposta para a situação, que está insustentável", disse, reforçando que a região só irá crescer por meio da união dos municípios.

Rateio

Entre os presentes na reunião, o prefeito reeleito de Alto Alegre, Carlinos Sussumi (MDB), propôs que os municípios da região se unam e elaborarem um termo de colaboração ou fomento, para que proprocionalmente ao número de habitantes, cada prefeitura possa ajudar a custear a manutenção do hospital.

De acordo com ele, essa foi alternativa encontrada para salvar o Cisa (Consórcio Intermunicipal de Saúde de Penápolis), ao qual Alto Alegre faz parte. Sussumi lamentou a baixa adesão dos prefeitos à reunião realizada pela Santa Casa de Araçatuba.

A prefeita eleita de Bento de Abreu, Terezinha Salesse (PSDB), propôs à direção da Santa Casa, que a partir de 1º de janeiro, defina as metas para que juntos, sejam resolvidos os problemas da Santa Casa, envolvendo também a iniciativa privada.

Já a prefeita eleita de Birigui, Samanta Borini (PSD), reforçou a necessidade de os prefeitos da região se reunirem e cobrarem também, providências por parte do DRS-2. 

Ela comentou ainda que a situação vivida pela Santa Casa de Araçatuba também ocorre em Birigui, onde o hospital recebe pacientes dos municípios demais municípios da região e enfrenta déficit mensal de R$ 1 milhão. Em Birigui, a Santa Casa está sob intervenção da Prefeitura.

Conexão

O provedor da Santa Casa, Petrônio Pereira Lima, aprovou a iniciativa de Zanatta, sob argumento de que não tem como região crescer sem haver uma conexão entre os líderes políticos.