Polícia

Zoonoses acolhe cadela encontrada agonizando no residencial Atlântico

Enrolada em um tapete, debaixo de uma árvore, com manchas de sangue ao redor; tutora alegou que pensou que estivesse morta
Lázaro Jr.
04/12/2025 às 16h41

O Departamento de Zoonoses da Secretaria de Saúde de Araçatuba (SP) acolheu na manhã de quarta-feira (3), uma cadela caramelo de aproximadamente 4 anos de idade e porte médio, sem raça definida, que foi encontrada agonizando na rua.

 

O resgate foi feito na rua José Expedito Xavier, no residencial Atlântico, em atendimento a denúncia anônima de maus-tratos a animais. Segundo o que foi relatado à polícia, o animal estava no lado oposto da via, enrolado em um tapete.

 

Esse tapete estava debaixo de uma árvore e havia manchas de sangue ao redor. Segundo o que foi divulgado, uma mulher de 60 anos se apresentou como tutora da cadela, que responde pelo nome de Valentina.

 

Escapou

 

Na versão dela, na noite anterior o animal teria saído de casa, possivelmente após alguém deixar o portão aberto. Ele teria retornado já ensanguentado e teria passado a apresentar convulsões.

 

A mulher disse que no momento estava recebendo a visita da neta dela, que necessita de cuidados especiais. Quando a cadela aquietou-se, acreditando que havia falecido, ela decidiu removê-la para o outro lado da rua, debaixo da árvore, para evitar que a criança ficasse nervosa.

 

A tutora afirmou ainda que posteriormente pretendia prestar os cuidados adequados e que ao acordar pela manhã, foi informada por uma vizinha de que a cadela, que julgava morta, ainda respirava. Ela alegou que instantes antes de a Guarda Municipal chegar ao local junto com a equipe de Zoonoses, ela esteve com o animal e teria lhe fornecido água utilizando uma seringa.

 

Socorro

 

Segundo o que foi informado à polícia, a equipe da Zoonoses socorreu a cadela, que foi levada à Clínica Veterinária Meu Pet, onde permaneceu internada e em atendimento médico-veterinário.

 

A tutora foi levada para a delegacia e ao ser informada que poderia ser indiciada por maus-tratos, teria reconhecido que havia agido de forma omissa no cuidado do animal. Além disso, foi apresentado laudo da veterinária apontando que o caso configura abandono voluntário.

 

Liberada

 

O delegado que presidiu a ocorrência optou por colher as informações e determinou que o caso fosse encaminhado para instauração de inquérito. No entendimento dele, não foi possível comprovar o dolo da investigada em praticar ato de maus-tratos contra o animal doméstico.

 

Ele levou em consideração o argumento da tutora, que alegou que ter colocado a cadela em outro espaço por acreditar que estaria morta. E que teria feito isso por se preocupar com a neta, que estaria triste pelo estado da cachorra. A mulher alegou ainda que não entrou em contato com o Centro de Zoonozes no momento por ser noite e feriado municipal.

 

Por fim, o delegado considerou que embora o laudo médico veterinário tenha concluído pelo abandono voluntário, é preciso descobrir a causa dos ferimentos sofridos pela cachorra, que a levou a necessitar de atendimento médico-veterinário.

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